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EUA pede "transparência" dos governos em vacinação contra covid-19

Profissional de saúde injeta uma dose da vacina contra o coronavírus Sputnik V em uma professora na cidade argentina de Bernal, perto de Buenos Aires, em 18 de fevereiro de 2021 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 24. fevereiro 2021 - 01:23
(AFP)

Os Estados Unidos defendem a "transparência" dos governos na implementação da vacinação contra a covid-19 e consideram "ruins" as ações em benefício de poucos e em detrimento de toda a população, disseram autoridades nesta terça-feira (23) após os escândalos na Argentina, Brasil e Peru.

As autoridades do governo Joe Biden foram enfáticas quanto à necessidade de prevenir e detectar efetivamente "irregularidades" relacionadas ao atendimento público durante uma emergência de saúde, e sobre a "importância" de uma gestão que dê confiança aos cidadãos.

Durante entrevista coletiva por telefone sobre o combate à corrupção na América Latina e Caribe, funcionários do Departamento de Estado foram consultados sobre as recentes polêmicas desencadeadas na Argentina, Brasil e Peru sobre a distribuição de vacinas contra a covid-19, nas quais políticos e personalidades destacadas receberam tratamento preferencial.

Essas ações "são ruins, porque representam uma ameaça contra as populações", disse Heide Fulton, subsecretária de Estado adjunta do Escritório de Assuntos Internacionais de Narcóticos e Execução da Lei (INL).

Fulton disse que o INL foca o seu trabalho no "fortalecimento" das estruturas estatais para prevenir estes atos.

"Por meio da Divisão Anticorrupção da OCDE, estamos fortalecendo as capacidades profissionais dos policiais e promotores públicos para detectar, investigar e processar a corrupção relacionada à pandemia de covid-19 e crises futuras", garantiu.

México, Chile e Colômbia são os países latino-americanos que integram a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Fulton também disse que outro programa com as Nações Unidas visa apoiar Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Paraguai para "estabelecer plataformas nacionais de aquisições anticorrupção". A ideia é criar redes com foco no “fortalecimento da transparência nas aquisições públicas e na proteção dos denunciantes”, afirmou.

Jon Piechowski, subsecretário de Estado adjunto do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, destacou o papel fundamental da clareza na gestão pública onde há filas e espera pela vacina.

“Nestes casos vemos a importância da transparência em qualquer processo que tenha a ver com um governo”, ressaltou.

“Muita gente quer receber a vacina e se houver um processo aberto, onde as pessoas vejam e entendam quem recebe ou por quais motivos, acho que contribui para um melhor gerenciamento”, acrescentou.

Nesta terça-feira, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, anunciou um novo Prêmio Internacional para Ativistas Anticorrupção, para reconhecer "as pessoas corajosas que avançam nos esforços anticorrupção".

Entre os 12 vencedores, dois latino-americanos: a Procuradora-Geral do Equador, Diana Salazar, e o chefe da Promotoria Especial contra a Impunidade da Guatemala, Juan Francisco Sandoval Alfaro.

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