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EUA restringe vistos a quase 100 funcionários da Nicarágua

As novas restrições de visto afetam juízes, promotores, legisladores e funcionários do Ministério do Interior, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken afp_tickers

Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (13) restrições de vistos para outros 93 funcionários da Nicarágua, dias depois de sediar a IX Cúpula das Américas em Los Angeles, para a qual o presidente Daniel Ortega não foi convidado por descumprir as normas democráticas.

O secretário de Estado, Antony Blinken, disse que as novas restrições se aplicam às pessoas que prejudicaram a democracia após a “ilegítima” reeleição de Ortega em novembro de 2021, incluindo juízes, promotores, membros da Assembleia Nacional e funcionários do Ministério do Interior.

Além disso, pediu a Manágua a libertação “imediata e incondicional” de todos os opositores “injustamente detidos” e o restabelecimento da democracia e do estado de direito na Nicarágua.

“O governo tem mais de 180 presos políticos, dos quais muitos sofrem pela falta de alimentação adequada, atendimento médico adequado e inclusive de luz do sol”, denunciou Blinken em nota.

Ortega foi um dos líderes da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) que derrubou a ditadura de Anastasio Somoza (1936-1979) e lutou contra os rebeldes apoiados pelos Estados Unidos em uma guerra violenta na década de 1980, mas hoje é acusado de instaurar uma ditadura.

Após governar o país até 1990, Ortega retornou ao poder em 2007 e em novembro do ano passado ganhou um quarto mandato consecutivo com a maioria de seus detratores e adversários presos ou exilados.

Os Estados Unidos já sancionaram dezenas de funcionários nicaraguenses, incluindo Ortega e a vice-presidente Rosario Murillo, sua esposa.

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