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Exército paquistanês pede diálogo para encerrar crise política

Batalhão de choque vigia partidários de Ul-Qadri concentrados perto do parlamento, em Islamabad afp_tickers

O Exército paquistanês pediu nesta quarta-feira um diálogo para por fim à disputa entre o primeiro-ministro Nawaz Sharif e os opositores Imran Khan e Tahir ul-Qadri, cujos partidários se encontram concentrados diante do parlamento para exigir a sua dissolução.

“A situação requer paciência, sabedoria e inteligência de todas as partes para por fim à atual situação através de um diálogo profundo, pelo bem da nação”, declarou o porta-voz do exército.

Os milhares de manifestantes reunidos desde sexta-feira perto do centro da capital invadiram na madrugada desta quarta-feira a “zona vermelha”, setor estratégico que abriga o parlamento, a residência do premiê e as principais embaixadas.

O governo protegeu, no entanto, o setor transferindo o controle das operações para o exército e colocando enormes contêineres.

Mas Imran Khan, ex-astro do críquete, e Al Qadri, chefe político-religioso moderado, alugaram dois guindastes para retirar os contêineres, permitindo assim o acesso dos manifestantes.

Um diplomata ocidental questionou o fato de o exército permitir que os manifestantes entrassem na “zona vermelha”.

“Querem acentuar a pressa sobre Sharif e forçar o diálogo ou teriam outros planos?”, indagou a fonte, sob anonimato.

Khan e Ul Qadri pedem a demissão do primeiro-ministro acusado de ter chegado ao poder 2013 mediante fraudes nas eleições, apesar da votação ter sido validada por observadores internacionais.

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