Ex-executivos da área do petróleo voltam para a prisão na Venezuela apesar de apelos dos EUA
Seis ex-diretores de uma empresa petroleira – cinco deles com dupla cidadania, venezuelana e americana – foram presos novamente por autoridades da Venezuela, quase dois meses depois de cumprirem prisão domiciliar, informaram parentes dos detidos e uma ONG nesta quinta-feira.
Segundo essas versões, na quarta-feira à noite, agentes do serviço de inteligência (Sebin) prenderam os ex-executivos da refinaria do Citgo – uma subsidiária americana da estatal venezuelana PDVSA – e os mantiveram na sede da agência em Caracas.
Os detidos são Tomeu Vadell, Alirio e José Luis Zambrano, José Ángel Pereira, Jorge Toledo e Gustavo Cárdenas, todos ex-executivos da empresa, acusados de peculato fraudulento, lavagem de dinheiro e associação para cometer crimes, entre outros crimes.
O diretor do fórum criminal dos direitos humanos, Gonzalo Himiob, garantiu à AFP que os acusados foram levados a Sebin.
As autoridades venezuelanas não se pronunciaram a esse respeito.
Michael Kozak, principal diplomata americano para América Latina, considerou como “injusta a detenção” dos executivos.
O retorno à prisão dos ex-diretores ocorreu no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu na Casa Branca o líder opositor venezuelano Juan Guaidó, a quem ele havia convidado um dia antes para seu discurso sobre o Estado da União no Congresso.