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Ex-presidente colombiano acusa OEA de falta de 'liderança' na América Latina

O ex-presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos (2010-2018), em Bogotá, em 11 de dezembro de 2019 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 10. dezembro 2020 - 22:52
(AFP)

O ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos disse nesta quinta-feira (10) que a Organização dos Estados Americanos (OEA) "não está funcionando", já que os países que compõem o bloco não exercem "liderança". A declaração foi feita em um colóquio virtual com o ex-presidente chileno Ricardo Lagos, que também pediu para que o sistema seja "repensado".

"Infelizmente, agora a OEA não está funcionando porque os líderes dos países que fazem parte desta organização não exercem nenhuma liderança", afirmou Santos, que governou a Colômbia entre 2010 e 2018.

Segundo o ex-presidente, que recebeu o Nobel da Paz por lançar um processo de paz com os guerrilheiros das FARC, os países não conseguiram chegar a um consenso sobre uma visão básica ou objetivo para a instituição no mundo de hoje.

"É muito triste dizer, mas é realidade, neste momento a OEA não está tratando dos problemas que deveria tratar", disse Santos em um fórum virtual organizado pelo centro Interamerican Dialogue, com sede em Washington, do qual também participou a ex-presidente da Costa Rica Laura Chinchilla, e o ex-presidente do México Ernesto Zedillo.

Para o ex-governante colombiano, é necessário criar um novo tipo de liderança para "revitalizar" essas entidades, para que elas possam cumprir seus objetivos básicos.

"Se não fizermos isso, essas organizações permanecerão um tanto irrelevantes", declarou ele. "As instituições internacionais são o que os países membros desejam que sejam."

Enquanto isso, Lagos, um social-democrata que governou o Chile entre 2000 e 2006, disse que lhe parece que chegou momento de "repensar" o sistema interamericano, já que sua "arquitetura está um pouco antiquada".

Ele propôs um sistema parecido com a Aliança Atlântica, mas sem caráter militar. "Creio que isso seria muito mais importante do que ter um sistema interamericano extremamente desatualizado", acrescentou.

Para o ex-presidente chileno, essa "revisão" é necessária para um entendimento entre os países da América Latina, do Caribe e os Estados Unidos, e frisou ainda que o papel do Canadá é "extremamente importante".

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