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Ex-presidente hondurenho diz que sua extradição para os EUA por tráfico de drogas é 'vingança'

Nesta foto de arquivo tirada em 24 de agosto de 2021, o presidente hondurenho Juan Orlando Hernandez faz um discurso durante o oitavo aniversário da Polícia Militar de Ordem Pública (PMOP) em Tegucigalpa. afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 17. março 2022 - 22:30
(AFP)

O ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández descreveu as acusações contra ele por tráfico de drogas como uma "vingança" dos traficantes, o que motivou um juiz a autorizar sua extradição para os Estados Unidos.

"Isto é fruto da vingança, vingança de quem tinha o país de joelhos, de quem tinha Honduras sob cerco", disse o ex-presidente em um vídeo que gravou na noite de quarta-feira e foi transmitido nesta quinta-feira pelo canal local TN5.

Segundo Hernández, a mensagem foi gravada pouco antes de o juiz que avalia seu caso decidir a favor de sua extradição para os Estados Unidos, onde promotores de Nova York o acusam de conspirar para contrabandear cerca de 500 toneladas de cocaína em território norte-americano, entre 2004 e 2022.

Um irmão do ex-presidente, Juan Antonio "Tony" Hernández, foi condenado em março de 2021 à prisão perpétua por esse crime, no qual estava envolvido o ex-presidente que deixou o poder em 27 de janeiro.

Os promotores americanos consideram Honduras um "narco-Estado", porque o crime atingiu os mais altos escalões do poder. Um ex-chefe de polícia hondurenho, identificado como cúmplice dos irmãos Hernández, também está preso em Tegucigalpa aguardando uma decisão sobre sua extradição.

"Cada ação que promovemos, cada pensamento foi direcionado com toda a intenção de trazer bem-estar para Honduras e isso me deixa orgulhoso pelo fato de agora termos um país mais seguro", afirmou Hernández.

O ex-presidente disse que, durante a audiência, "argumentos de grande peso, muito contundentes" foram apresentados por sua defesa, para que a extradição fosse negada.

Ressaltou que o tratado de extradição dos Estados Unidos com Honduras "fala de provas irrefutáveis, convincentes, mas não foram incluídas neste pedido. Nesse sentido, é surpreendente", explicou.

"Com os meus advogados vamos conversar sobre o recurso (...) estou orgulhoso do trabalho que fizeram, de toda a equipa que me acompanhou", concluiu.

Os advogados do presidente anunciaram que vão recorrer da decisão, para que a palavra final sobre a extradição seja proferida pelo Plenário da Suprema Corte hondurenha nos próximos dias.

A Procuradoria-Geral de Honduras instou nesta quinta-feira a Promotoria a apreender os bens do ex-presidente "para garantir e defender os interesses do Estado".

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