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Facebook analisou supostas ingerências russas em 2014

O britânico Damian Collins, que chefia uma investigação parlamentar sobre notícias falsas e desinformação, mencionou e-mails internos do Facebook confiscados à empresa de software americana Six4Three afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 27. novembro 2018 - 19:02
(AFP)

O Facebook reconheceu nesta terça-feira (27) que seus engenheiros haviam assinalado atividade potencialmente maliciosa da Rússia já em 2014, muito antes de se tornar pública, mas não pôde confirmar a evidência de uma campanha coordenada.

A informação foi revelada depois que o Parlamento britânico realizou, nesta terça, uma audiência na qual legisladores de nove países interrogaram um representante da gigante americana.

Deputados de Argentina, Brasil, Bélgica, Canadá, França, Irlanda, Letônia e Singapura participaram desta sessão em Londres, em uma iniciativa incomum destinada a destacar a solidariedade internacional na questão do uso ilegítimo do Facebook para interferir em processos políticos.

O britânico Damian Collins, que comanda uma investigação parlamentar sobre "fake news" e desinformação, citou e-mails internos do Facebook recebidos da agora desaparecida empresa de software americana Six4Three.

Referiu-se a um desses e-mails, que não podem ser publicados por estarem incluídos em uma ação em curso nos Estados Unidos, para afirmar que um engenheiro do Facebook notificou a empresa em outubro de 2014 que endereços IP russos estavam acessando "diariamente três bilhões de pontos de informação" na rede.

O parlamentar perguntou a Richard Allan, vice-presidente do Facebook: "se endereços IP russos estavam baixando uma grande quantidade de dados da plataforma, informaram sobre isso ou simplesmente mantiveram, como muitas vezes parece ser o caso, dentro da família (Facebook) e não falaram sobre o tema?"

O Facebook assegurou depois que o e-mails aos quais Collins se referia foram retirados de contexto.

"Os engenheiros que assinalaram essas preocupações inciais posteriormente investigaram mais a fundo e não encontraram evidências de atividade russa específica", disse o Facebook em um comunicado transmitido à AFP.

A empresa não esclareceu se os seus engenheiros não encontraram nenhuma prova de atividade suspeita ou se essa atividade não poderia ser vinculada diretamente à Rússia.

O Facebook se viu envolvido recentemente em muitos casos, desde o uso da plataforma pela Rússia para interferir nas presidenciais americanas de 2016 até a utilização de seu aplicativo de mensagens WhatsApp no Brasil para caluniar o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.

"O que vocês estão fazendo para evitar que o WhatsApp se torne em uma forma maciça de disseminação de notícias falsas?", questionou o deputado federal Alessandro Molon.

"É algo muito diferente regular o conteúdo em espaços públicos como o Facebook e regular as comunicações entre pessoas", afirmou Allan, reconhecendo que o uso ilegímito com fins eleitorais das mensagens pessoais "é um novo desafio que temos que analisar".

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