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Facebook proíbe 'deepfake', mas permite vídeos com paródias

Os "deepfake" são vídeos hiperrealistas feitos com inteligência artificial ou programas especialmente projetados para falsificar movimentos humanos reais com muita credibilidade afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 07. janeiro 2020 - 22:08
(AFP)

O Facebook proibirá os "deepfakes", os vídeos manipulados por inteligência artificial, de olho nas eleições deste ano nos Estados Unidos, mas sua nova política ainda permitirá a publicação de vídeos altamente editados sempre que for paródia ou sátira, informou a empresa nesta terça-feira.

Os "deepfakes" são vídeos hiperrealistas feitos com inteligencia artificial ou programas elaborados especialmente para reproduzir de maneira muito verossímil movimentos humanos reais.

Através do blog da empresa, o Facebook divulgou que começará a remover clipes que foram editados de maneiras que "não são óbvias para uma pessoa comum" e que podem causar confusão.

O material será removido se for "um produto de inteligência artificial ou aprendizado de máquina que se sobreponha ou substitua o conteúdo de um vídeo, fazendo com que pareça autêntico", diz o texto da vice-presidente do Facebook, Monika Bickert.

"Esta política não se estende a conteúdo que seja paródia ou sátira, ou vídeos que simplesmente tenham sido editados para omitir ou modificar a ordem das palavras".

A imprensa americana destacou que a nova política não incluirá vídeos como o que se tornou viral em 2019 -que não era "deepfake"- da líder da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, no qual ela parecia ter problemas de pronúncia.

O Facebook não informou a quantidade de pessoas dedicadas a identificar e retirar os vídeos infratores, mas garantiu que aqueles que não cumprirem com suas políticas serão removidos e os que forem denunciados seguirão sendo revisados por equipes de verificadores externos, entre eles os da AFP.

A AFP trabalha em mais de 30 países e em dez idiomas no programa "Third party fact-checking" de verificação de conteúdos desenvolvido pelo Facebook.

Dentro deste programa, lançado em dezembro de 2016, o Facebook paga a cerca de 60 empresas de comunicação em todo o mundo, por informações gerais ou especializadas, para usar suas verificações de fatos em sua plataforma e no Instagram.

Se uma dessas empresas detectar que as informações são falsas ou induzem ao engano, os usuários do Facebook e Instagram tem menos probabilidade de vê-las em seus perfis. E se alguém tentar compartilhar essas informações, a plataforma propõe que você leia o artigo com a verificação correspondente. O Facebook não exclui nenhuma postagem. Os meios de comunicação participantes têm total liberdade na escolha e tratamento dos problemas que desejam verificar.

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