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FARC pedirá perdão por atentado de 2003, que matou 36 pessoas em Bogotá

Membros das Farc, em San José de Oriente, em 1º de março de 2017 afp_tickers

A guerrilha colombiana das Farc, que no momento implementa um histórico acordo de paz, comprometeu-se a pedir perdão em um ato público às vítimas do atentado de El Nogal, um clube privativo em Bogotá no qual 36 pessoas morreram em 2003.

“As Farc comprometem-se a coordenar um ato público de esclarecimento, perdão e reconciliação com as vítimas do atentado ao Club El Nogal de Bogotá”, comunicou o principal e mais antigo grupo rebelde do país e representantes das vítimas, em carta finalizada em 28 de março, porém divulgada nesta quinta-feira (6).

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) afirmam ter contado a verdade perante a Jurisdição Especial para a Paz (JEP), o mecanismo de justiça que foi determinado em conjunto com o governo de Juan Manuel Santos para julgar e sancionar os autores da revolução no país.

O atentado de El Nogal, um clube privativo localizado ao norte de Bogotá, foi um dos atentados mais graves na história do conflito armado colombiano, que durante meio século já enfrentou guerrilhas, paramilitares e agentes do Estado, com um balanço de 220.000 mortos, 60.000 desaparecidos e 6,9 milhões de pessoas deslocadas.

De acordo com as autoridades, as FARC introduziram um carro-bomba nas instalações do clube, que foi detonado na noite de 7 de fevereiro de 2003.

Desde o início a guerrilha foi responsabilizada pelo ataque, ainda que os rebeldes apenas tenham reconhecido sua responsabilidade no ato durante as negociações de paz, que vinham ocorrendo em Havana, Cuba, desde 2012, e foram finalizadas em novembro passado em Bogotá com a assinatura de um acordo definitivo.

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