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Fim do mistério: Kirchner não será candidata a deputada

A presidente de Argentina, Cristina Kirchner, durante evento em Buenos Aires em 25 de maio afp_tickers

O partido da presidente argentina Cristina Kirchner revelou no sábado as listas dos pré-candidatos a deputados para as eleições primárias, sem incluir o nome da chefe de Estado, mas com a estreia de seu filho, Máximo Kirchner.

“Será um orgulho representar o povo da província de Santa Cruz (Patagônia)”, afirma em um comunicado o filho da presidente, líder do influente grupo jovem peronista de centro-esquerda ‘La Cámpora’.

Ao contrário do que especulavam os círculos políticos, Cristina Kirchner não será candidata a deputada nas votações internas obrigatória de 9 de agosto, com um padrão de 32 milhões de eleitores.

Cristina Kirchner, 62 anos, entregará o poder em 10 de dezembro ao candidato vencedor nas eleições gerais de 25 de outubro. Ela está no fim do segundo e último mandato permitido pela Constituição.

Máximo Kirchner, 38 anos, em seu primeiro teste eleitoral, será candidato a deputado pelo distrito de seu pai, Néstor Kirchner, falecido ex-presidente (2003-2007).

Santa Cruz tem apenas 320.000 habitantes em um território de 245.000 km2 no extremo austral.

Máximo Kirchner deve disputar as primárias com outros candidatos do peronismo, mas analistas esperam que ele lidere uma lista única em acordo com outras forças provinciais.

O prazo de apresentação das listas terminou à meia-noite. O ministro da Economia, Axel Kicillof, será candidato a deputado pelo governo.

Kicillof trava uma batalha com os fundos especulativos (abutres) que lutam nos tribunais dos Estados Unidos para receber o equivalente a 7% da dívida não reestruturada da Argentina.

“Do lugar que ocupar, estarei sempre ao lado de vocês”, declarou a presidente no sábado, sem revelar sua estratégia, a milhares de partidários na cidade de Rosario, 300 km ao norte de Buenos Aires.

Cristina Kirchner foi eleita presidente pela primeira vez em 2007 e reeleita em 2011.

As pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais mostram um empate entre um aliado de Kirchner, o governador peronista da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, e o prefeito de direita da cidade de Buenos Aires, o empresário Mauricio Macri.

Em terceiro aparece Sergio Massa, um deputado peronista dissidente.

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