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Governo boliviano promove generais por decreto sem o aval do Senado

A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, em 25 de março em La Paz afp_tickers

O governo boliviano anunciou nesta quarta-feira que decretou a promoção para generais das Forças Armadas, independentemente da ratificação do Senado dominada pelo partido do ex-presidente Evo Morales, o que viola a Constituição.

O Movimento ao Socialismo (MAS) de Morales impediu as promoções militares no Senado, “por isso o governo decidiu realizar essas promoções diretamente sem a Assembleia Plurinacional (Legislativa)”, disse o ministro da Defesa, Fernando López.

O Senado deve ratificar, de acordo com a Constituição, a promoção a generais do Exército, da Aeronáutica e da Marinha, mas não faz isso desde o início do ano, alegando falta de documentação para apoiar as promoções do governo de transição da direita de Jeanine Áñez e outras prioridades decorrentes da pandemia de COVID-19.

“Vamos colocar as coisas sobre a mesa: a Assembleia do MAS decidiu impedir a ascensão dos militares que devem ascender a general”, disse o ministro.

“O MAS tenta punir nossas Forças Armadas por terem ficado do lado do povo em novembro de 2019”, acrescentou López no Palácio do Governo.

Depois de um motim policial, os líderes militares sugeriram publicamente a Morales em novembro que ele renunciasse à presidência boliviana, em meio a uma escalada social após denúncias de fraudes nas eleições de outubro, que favoreceram o então presidente e foram posteriormente anuladas.

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