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Governo eleito da Colômbia considera eliminar tropa de choque da polícia

(Arquivo) Agente do Esmad lança bombas de gás lacrimogênio durante enfrentamentos com estudantes em um protesto em Medellín, Colômbia, em 12 de março de 2020 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 01. agosto 2022 - 20:00
(AFP)

O governo eleito da Colômbia transformará ou suprimirá o Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad), a tropa de choque da polícia, diante das violações de direitos humanos cometidas durante a repressão dos protestos dos últimos anos, anunciou o ministro designado para a Defesa, nesta segunda-feira (1º).

"O que posso assegurar é que será feito com a maior responsabilidade, seja a supressão ou a transformação do Esmad, mas sempre sob a perspectiva [...] de uma força que deve respeitar absolutamente os direitos humanos e que não pode ver os manifestantes como inimigos", disse o futuro chefe da pasta, Iván Velásquez, em entrevista à emissora W Radio.

Velásquez acrescentou que, no lugar dos atuais esquadrões passaria a operar uma nova corporação de choque que, por princípio, terá "que respeitar o protesto".

Com pouco mais de 5.000 efetivos, o Esmad é uma força especial criada há duas décadas para controlar manifestações e multidões.

Nos últimos anos, foi duramente questionada pelos abusos na contenção dos protestos maciços que enfrentou o governo do presidente em fim de mandato, Iván Duque.

Em um relatório emitido no fim de 2021, a ONU denunciou "graves violações" de direitos humanos por parte de agentes estatais nas manifestações daquele ano.

A organização documentou a morte de pelo menos 28 civis pelas mãos das forças públicas, assim como detenções arbitrárias e agressões sexuais e de gênero.

Nesse sentido, recomendou ao Estado colombiano realizar "uma transformação profunda do Esmad", um pedido que o presidente eleito de esquerda Gustavo Petro, que tomará posse em 7 de agosto, acolheu em sua campanha.

Além disso, o governo eleito quer que a polícia deixe de ser vinculada ao Ministério da Defesa, levando em conta que é uma corporação civil armada e não uma força militar, apesar de também enfrentar os grupos ilegais como parte do prolongado conflito interno no país.

Sobre isso, o futuro ministro da Defesa adiantou que a polícia passaria a fazer parte de um "ministério especial" de paz, convivência e segurança.

Velásquez, um renomado investigador que presidiu a comissão da ONU contra a corrupção na Guatemala, adiantou que o processo será gradual e conduzido mediante "um grande planejamento".

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