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Grupo de contato debate no Uruguai solução para crise na Venezuela

(4 fev) Simpatizante do governo exibe bandeira venezuelana durante manifestação em praça de Caracas afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 07. fevereiro 2019 - 11:06
(AFP)

Um grupo de países com posições divergentes sobre a Venezuela tentará nesta quinta-feira, em Montevidéu, buscar uma solução para a crise naquele país, em meio à disputa entre o presidente Nicolás Maduro e o presidente do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó.

Representantes da União Europeia (UE), de oito países do bloco e de cinco da América Latina se encontrarão em Montevidéu com o objetivo de contribuir para criar as condições para possibilitem um processo político e pacífico à grave crise política na Venezuela.

Na abertura da reunião, que não envolve representantes do governo venezuelano ou da oposição, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, ressaltou que é "essencial evitar a violência interna e a intervenção externa".

E ela esclareceu que o objetivo do grupo "não é impor processos ou soluções aos venezuelanos", mas avançar no "acompanhamento de eleições presidenciais livres e transparentes".

No entanto, o governo anfitrião apresentou na quarta-feira, juntamente com o México e os países da Comunidade do Caribe (Caricom), uma proposta que não inclui a convocação de eleições na Venezuela.

Inicialmente convocado pelo México e Uruguai como um encontro de "países neutros" para buscar uma solução, a reunião terá a participação da UE, que se uniu ao processo após a criação de um grupo de contato internacional, ao qual depois foram adicionados três países latino-americanos (Equador, Costa Rica e Bolívia).

Aliada do presidente venezuelano Nicolás Maduro, a Rússia lamentou nesta quinta não ter sido convidada para a reunião do Grupo de Contato Internacional.

"Esperávamos que a Rússia pudesse participar dos trabalhos que acontecerão hoje em Montevidéu, ao menos como país observador, mas nos disseram que algo assim não estava previsto para ninguém", declarou o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, à agência de notícias RIA Novosti.

Riabkov destacou a preocupação de seu país ante as informações de que a reunião não dará tanta atenção a "uma solução entre venezuelanos".

Também alertou para as tentativas "de pressão contra as autoridades legítimas de Caracas".

A reunião não terá a participação de representantes do governo de Maduro nem da oposição venezuelana.

Maduro apoiou na quarta-feira "todos os passos e iniciativas de facilitação do diálogo" e afirmou que o governo está "preparado" para participar em um processo de entendimento.

Mas Guaidó, que se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro e foi reconhecido por quase 40 países, incluindo os Estados Unidos, reiterou que "a oposição venezuelana não vai se prestar a nenhum tipo de falso diálogo" que permita a Maduro ganhar tempo.

A reunião acontece em um momento de tensão pela chegada de ajuda humanitária a Venezuela, em particular enviada pelos Estados Unidos, após o bloqueio dos militares em uma ponte da fronteira com a Colômbia, onde foi estabelecido um centro de coleta de remédios e alimentos.

Guaidó, 35 anos, fez um apelo aos militares para que não bloqueiem a entrada de ajuda, que Maduro rejeita por considerá-la a ponta de lança de uma invasão.

Com escassez de alimentos e remédios, além de uma inflação que o FMI projeta em 10.000.000% para este ano, a Venezuela enfrenta a pior crise de sua história moderna, que provocou o êxodo de 2,3 milhões de pessoas desde 2015, segundo a ONU.

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