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Instituto Butantan afirma que CoronaVac é eficaz mas não divulga detalhes

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em coletiva de imprensa em São Paulo afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 23. dezembro 2020 - 21:38
(AFP)

O instituto brasileiro Butantan garantiu nesta quarta-feira que os testes da vacina Coronavac, que está desenvolvendo com o laboratório chinês Sinovac, foram satisfatórios e que espera começar a aplicar o imunizante no Brasil em janeiro, mas não informou detalhes sobre os estudos.

Os resultados dos testes de fase 3 da vacina atingiram "o limiar da eficácia que permite solicitação do processo de uso emergencial no Brasil ou na China", disse o diretor do instituto público do estado de São Paulo, Dimas Covas, em coletiva de imprensa. Ele se absteve, no entanto, de detalhar o percentual de eficácia, alegando que o Sinovac "solicitou um prazo de 15 dias, previsto em contrato", para analisar os dados desses testes, que, no Brasil, foram aplicados a 13 mil voluntários e que também tiveram ensaios clínicos em China, Indonésia e Turquia.

“Vamos respeitar esse prazo, mas acreditamos que a data será antecipada (...) e esperamos que a vacina chegue aos braços dos brasileiros o mais rapidamente possível, agora no início do ano”, acrescentou. A eficácia mínima exigida pela OMS é de 50%, mas alguns laboratórios, como Pfizer e Moderna, cujas vacinas já são administradas no Reino Unido e nos Estados Unidos, alcançaram eficácia superior a 90%.

O estado de São Paulo planeja iniciar sua campanha de vacinação no dia 25 de janeiro, mas isso dependerá de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A corrida pela vacina é crucial no Brasil, segundo país com mais mortes pelo novo coronavírus, com mais de 188 mil óbitos.

A questão tornou-se uma polarização política. O presidente Jair Bolsonaro referiu-se em termos negativos à CoronaVac, promovida pelo governador de São Paulo, João Doria, que desponta como um de seus principais adversários nas eleições presidenciais de 2022. O governo, porém, incluiu o imunizante do Sinovac e do Butantan no programa nacional de vacinação apresentado na semana passada.

Dimas Covas disse que o governo pretende comprar do instituto cerca de 100 milhões de doses da CoronaVac, mais do que o dobro dos 46 milhões inicialmente previstos. O plano de vacinação prevê também a compra da vacina desenvolvida pela Oxford com a farmacêutica britânica AstraZeneca e o instituto brasileiro Fiocruz, além das do conglomerado internacional Covax e da Pfizer-BioNTech (EUA / Alemanha).

Covas indicou, porém, que o Butantan tem exclusividade na distribuição da vacina CoronaVac em todos os países da América Latina, exceto no Chile (que havia feito um acordo prévio com a Sinovac), e que pode fechar contrato com a Argentina ainda esta semana.

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