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Investigam no Panamá denúncias de esterilizações de indígenas sem consentimento

Indígenas da etnia Embera dançam na comunidade Ipeti Embera, perto de Torti, distrito de Chepo, Panamá, em 15 de outubro de 2019 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 21. fevereiro 2022 - 20:56
(AFP)

A promotoria do Panamá anunciou nesta segunda-feira (21) o início das investigações sobre denúncias de supostas esterilizações de mulheres indígenas sem seu consentimento, embora o governo afirme que até o momento não encontrou provas dessas acusações.

"O Ministério Público informa que uma equipe especial de promotores foi formada" para investigar denúncias sobre "possíveis procedimentos de esterilização não consensuais", disse a instituição em um comunicado.

De acordo com a nota, os procuradores viajaram à província de Bocas del Toro, no noroeste do país, para iniciar “as investigações”.

Na semana passada, a deputada suplente da Assembleia Nacional Walkiria Chandler denunciou que uma dezena de mulheres indígenas teriam sido esterilizadas em hospitais públicos, sem seu consentimento.

A denúncia foi feita a uma delegação da Assembleia Nacional durante uma visita em outubro de 2021 à comunidade de Charco La Pava, uma área montanhosa de difícil acesso na província de Bocas del Toro, habitada por indígenas Ngäbe-Buglé.

Na última quinta-feira, a vice-presidente da Assembleia Nacional e membro da Comissão da Mulher, Criança, Juventude e Família, Kayra Harding, apresentou uma queixa no Ministério Público.

Segundo o comunicado, Harding disse que em uma conversa durante uma visita médica "uma das mulheres denunciou que eram esterilizadas sem seu consentimento uma vez que davam à luz".

O governo panamenho também lançou uma investigação paralela, embora a ministra da Saúde responsável, Ivette Berrio, tenha assegurado que não há "dados verdadeiros e confiáveis" sobre esterilizações indígenas sem sua permissão.

A ministra também acusou a oposição de promover denúncias sem provas para obscurecer o trabalho do governo, embora haja deputados pró-governo na comissão legislativa que investiga as denúncias.

A deputada Chandler, que é independente, assegurou à AFP que o ex-ministro da Saúde Luis Francisco Sucre, que deixou o cargo temporariamente devido a um problema médico, "estava ciente" das queixas.

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