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Japão exportará material militar pela primeira vez desde 1967

Soldado japonês participa em um exercício de tiro com os marines dos Estados Unidos no Camp Pendleton, sul da Califórnia, em 9 de fevereiro de 2014 afp_tickers

O Japão venderá aos Estados Unidos vários captadores para um sistema de mísseis depois de ter flexibilizado as regras que, desde 1967, proibiam vender material militar, indicou neste domingo a imprensa japonesa.

A Mitsubishi Heavy Industries exportará para os Estados Unidos captadores de alta qualidade para o sistema de mísseis de defesa PAC-2, que depois será vendido ao Qatar, informou o jornal econômico Nikkei sem citar fontes.

A publicação informa ainda que a decisão será confirmada até o final do mês.

No início de abril, o Japão levantou a proibição de vender armas ao exterior imposta em 1967, o que permite ao país participar em programas conjuntos de armamento e desenvolver sua indústria de defesa.

O Japão pode agora exportar material militar a países que estão diante de linhas marítimas por onde transitam as importações de petróleo e gás, cruciais para o Japão.

No entanto, as novas regras, aprovadas por Washington, impedem exportar armas que sejam uma ameaça para a paz e a segurança mundiais. O governo de Tóquio também se compromete a evitar o risco de uma reexportação para um terceiro país.

Para justificar estas decisões, o primeiro-ministro conservador Shinzo Abe fala há meses de novas ameaças para o Japão, uma referência indireta à China, que aumenta a cada ano seu orçamento militar.

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