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Juiz americano amplia autorização para pagamento de bônus argentinos na Europa

Carmine Boccuzzi, advogado da Argentina, deixa tribunal, e Nova York. A decisão não altera o bloqueio sobre os 539 milhões de dólares depositados pela Argentina no Bank of New York para pagar os títulos reestruturados sob legislação norte-americana em 2005 e 2010. afp_tickers

O juiz federal americano Thomas Griesa ampliou nesta sexta-feira a autorização que permite o pagamento de títulos argentinos reestruturados por meio de dois agentes na Europa.

Griesa havia concedido uma autorização no dia 28 de julho a favor do Citibank e agora a estende aos agentes de pagamento europeus Cleartream (com sede em Luxemburgo) e Euroclear (com sede na Bélgica), que encaminham o dinheiro depositado pelo governo argentino aos credores na Europa.

A decisão não altera o bloqueio que o juiz mantém sobre os 539 milhões de dólares depositados pela Argentina no Bank of New York para pagar os títulos reestruturados sob legislação norte-americana em 2005 e 2010. Essa decisão judicial levou o país à moratória parcial.

O Citibank, o Euroclear e o Cleastream apresentaram uma “moção de esclarecimento” ao tribunal que cuida do litígio entre a Argentina e os fundos especulativos. Após analisar a questão, e apesar do pedido dos fundos especulativos para o bloqueio da transferência, Griesa resolveu que, por uma única vez, o Citibank poderá efetuar esse pagamento que inclui bônus reestruturados em dólares sob legislação nacional e outros emitidos como parte do acordo com a Repsol pela estatização da petrolífera YPF.

Segundo a ordem de Griesa, o banco deverá distinguir a partir de 30 de julho entre os títulos reestruturados e os emitidos como parte do acordo com a Repsol, o que o Citibank não poderá fazer no momento por não ter tempo suficiente.

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