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Legislativas em El Salvador, cruciais para as 'Novas Ideias' de Bukele

O presidente salvadorenho, Nayib Bukele, em discurso durante o início da vacinação contra a covid-19 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 26. fevereiro 2021 - 13:18
(AFP)

El Salvador realiza neste domingo (28) eleições legislativas e municipais, em um processo que poderia consolidar o poder do presidente Nayib Bukele, que governa desde 2019 com minoria parlamentar.

Quase 5,4 milhões de salvadorenhos estão convocados às urnas para essas eleições, nas quais as pesquisas projetam uma perda de cadeiras legislativas para os tradicionais partidos de direita e esquerda que governaram o país centro-americano desde a assinatura dos acordos de paz de 1992, que encerraram 12 anos de guerra civil.

Ao mesmo tempo, poderiam consolidar o poder de Bukele, que goza de amplo apoio entre os setores populares do país, enquanto é questionado por suas tendências autoritárias.

Impulsionadas pela popularidade de Bukele, as eleições apontam para um aumento das forças relacionadas ao presidente, que está prestes a controlar o Congresso pelo partido Novas Ideias (NI) fundado por ele e pela Grande Aliança Nacional (Gana), um partido de direita que o candidatou à presidência.

- As Novas Ideias-

Sem ser candidato, Bukele, um conservador de viés populista, esteve no centro da campanha eleitoral.

"Com as Novas Ideias de Nayib", diz um outdoor em uma estrada de San Salvador para anunciar a candidatura de Mario Durán, amigo próximo de Bukele, à prefeitura da capital pelo partido NI.

Enquanto isso, um anúncio de televisão do deputado opositor Javier Portillo, que busca a reeleição pela direitista Aliança Republicana Nacionalista (Arena), adverte os eleitores: "se você quiser uma ditadura, não vote em mim".

Sua mensagem aponta para uma preocupação expressada por analistas políticos, de que as eleições poderiam consolidar o poder de Bukele, questionado pelos seus adversários pelo seu aparente desprezo às regras democráticas.

Danilo Miranda, professor de Ciências Políticas da jesuíta Universidade Centro-Americana (UCA), lembrou que o presidente usou politicamente as forças de ordem quando, em 9 de fevereiro de 2020, foi acompanhado por militares para tomar a Assembleia Legislativa e "pressionar" os deputados a aprovar um empréstimo para a segurança.

Sendo assim, um controle legislativo permitiria a Bukele acentuar seu poder com nomeações de juízes no Tribunal Supremo e no Ministério Público, instituições com as quais o presidente já teve confrontos, considerou Miranda.

Em disputa este domingo estão as 84 vagas da Assembleia Legislativa, autoridades de 262 municípios e 20 deputados para o Parlamento Centro-Americano, um órgão legislativo de integração regional.

Todos esses cargos são eleitos por períodos de três anos, enquanto o presidente é eleito por um período de cinco anos.

As 8.451 urnas distribuídas por todo o país estarão abertas das 07h00 às 17h00 locais (10h00 às 20h00 no horário de Brasília).

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