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México: análises de restos de caso Ayotzinapa não coincidem com vítimas

Pais de estudantes desaparecidos protestam na Cidade do México em 22 de fevereiro de 2016 afp_tickers

O Instituto Médico Legal da Universidade de Innsbruck, que colabora no caso do desaparecimento de 43 estudantes de Ayotzinapa, entregou resultados de análises de novas amostras sem encontrar coincidência genética com as vítimas, informou na sexta-feira a procuradoria-geral mexicana.

“Não foi possível obter até o momento identificação de perfis genéticos na totalidade das amostras dos restos ósseos pelas técnicas tradicionais de DNA STR nuclear nem DNA mitocondrial”, indicou a procuradoria-geral mexicana em um comunicado.

Na última terça-feira, o Instituto de Innsbruck enviou um envelope com os resultados das análises de um pacote de 53 amostas recolhido em ônibus dos quais os estudantes se apoderaram na cidade de Iguala (sul) para se dirigir a manifestações na noite de 26 de setembro de 2014.

Também “foram analisadas 9 amostras ósseas e cabelos, provenientes da lixeira de Cocula e 2 amostras ósseas da bolsa do Rio San Juan” que foram enviadas à Áustria em dezembro de 2014, acrescenta o comunicado.

Estas amostras serão submetidas agora à “técnica de sequenciação em massa paralela” e os resultados serão divulgados após o fim dos testes.

O envelope foi aberto na sexta-feira em uma reunião na qual participaram padres e representantes legais das vítimas, integrantes do Grupo Interdisciplinar de Especialistas Independentes (GIEI) da CIDH e da equipe argentina de antropologia forense que colaboram nas investigações.

Até agora, os especialistas de Innsbruck só identificaram plenamente os restos de Alexander de la Mora e de maneira preliminar os de Jhosivani Guerrero de la Cruz, que devem ser submetidos a outros testes.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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