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México acredita na solidez das instituições brasileiras

O governo do presidente mexicano Enrique Pena Nieto considera que as instituições brasileiras são "suficientemente sólidas" para resolver a crise política atual afp_tickers

O governo do México considera que as instituições brasileiras são “suficientemente sólidas” para resolver a crise política atual que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff – disse à AFP a subsecretária para América Latina e Caribe da Chancelaria mexicana, Socorro Flores.

As duas maiores economias da América Latina compartilham “uma relação muito sólida, muito estreita”, motivo pelo qual o governo mexicano “acompanha de perto os acontecimentos” no Brasil, disse a ministra das Relações Exteriores, em uma breve entrevista por telefone.

“Acreditamos em que as instituições desse país são suficientemente sólidas para conseguir resolver a situação, pela qual os brasileiros estão atravessando”, acrescentou Socorro.

Ambos têm “uma série de acordos” que continuarão em andamento, “em conformidade com os compromissos já firmados entre os dois países”, afirmou Socorro Flores, que lembrou da visita da presidente Dilma em maio do ano passado, um sinal dessa cordial relação diplomática.

Durante a visita, Dilma e o presidente do México, Enrique Peña Nieto, comprometeram-se a ampliar o universo de preferências tarifárias, por meio da ampliação do Acordo de Complementação Econômica, o ACE 53, para favorecer novos setores. Entre eles, estão o de serviços, comércio eletrônico, compras de governo e propriedade intelectual.

Além disso, firmou-se um acordo de cooperação e de facilitação de investimentos, o primeiro assinado pelo Brasil com um país da região.

Em março de 2014, os dois países renovaram um acordo comercial, com o qual se restringiu o intercâmbio bilateral de automóveis para proteger a indústria automotiva brasileira. O acordo estendeu um pacto bilateral promovido em 2012 pelo Brasil – e que, inicialmente, causou irritação à parte mexicana.

O comércio entre ambos os países aumentou 475% nas duas últimas décadas e, em 2014, passou de US$ 9 bilhões.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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