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Médicos cubanos chegam ao Panamá para combater a pandemia apesar da rejeição dos EUA

Imagem divulgada pelo Aeroporto Tocumen do Panamá afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 24. dezembro 2020 - 13:00
(AFP)

Um grupo de 220 profissionais de saúde cubanos chegou ao Panamá nesta quinta-feira (24), apesar da rejeição dos Estados Unidos, em ajudar o país centro-americano no combate a uma pandemia que sobrecarregou completamente seu sistema de saúde.

"O reforço médico chega ao sistema de saúde com o objetivo de contribuir para a alta procura dos nossos hospitais", afirmou o ministro da Saúde, Luís Francisco Sucre, em sua conta no Twitter.

"São 100% especialistas de diversas áreas de terapia intensiva, clínica médica, pneumologia, cardiologia e fisioterapia respiratória. Além disso (existem) especialistas de apoio à enfermagem”, explicou Alessandro Ganci, assessor do Ministério da Saúde do Panamá.

Por sua vez, a embaixada cubana no Panamá celebrou a chegada de seus "heróis de jaleco", como são chamadas essas missões.

Em 15 de dezembro, o governo panamenho anunciou que iria contratar médicos de Cuba, Estados Unidos, México, Venezuela e Colômbia para enfrentar a covid-19.

Com 4,2 milhões de habitantes, o Panamá tem o maior número de casos da pandemia em toda a América Central, com mais de 220.000 casos acumulados e 3.664 mortes.

Depois de reabrir grande parte de suas atividades econômicas entre setembro e outubro, o país está em pleno crescimento, com 40 mil novos casos e 500 mortes em 18 dias.

A situação provocou a lotação dos hospitais e o esgotamento do pessoal de saúde.

O governo teve que montar barracas nos arredores de vários hospitais e habilitar academias e um centro de convenções para tratar os doentes, enquanto espera receber cerca de 450.000 doses da vacina da Pfizer no primeiro trimestre de 2021.

"As autoridades tomaram a decisão mais razoável e lógica, aqui o assunto não é ideológico, mas sim para ver como podemos administrar da melhor forma" a pandemia, relatou à AFP Domingo Moreno, coordenador do principal sindicato médico panamenho.

"Foi feito todo o possível para conter e mitigar a propagação (do vírus)", mas "os casos já nos ultrapassaram" e "não temos os recursos humanos necessários", acrescentou.

No entanto, a decisão de trazer médicos estrangeiros é polêmica no Panamá, onde a prática da medicina e enfermagem é exclusivamente para profissionais locais.

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