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Médicos e enfermeiras protestam por vacinas contra covid-19 na Venezuela

Protesto de profissionais de saúde na praça Los Palos Grandes, em Caracas, em 17 de abril de 2021 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 17. abril 2021 - 19:39
(AFP)

"SOS. Vacinas agora", disse neste sábado(17) um dos cartazes de um protesto de médicos e enfermeiras na Venezuela exigindo vacinas contra covid-19, uma mobilização acompanhada por líderes políticos e ativistas da oposição.

Cerca de 150 pessoas seguiram para a sede do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em Caracas.

“Não deixe mais nenhum paciente morrer”, gritavo o grupo.

Até o momento, em meio a uma nova onda de covid-19, o governo venezuelano informou a chegada ao país de 300 mil doses das vacinas russas Sputnik V e 500 mil do laboratório chinês Sinopharm.

Não há relato do número de inoculados durante o processo de vacinação iniciado em fevereiro.

“Hoje a Venezuela enfrenta uma pandemia, um inimigo invisível e exigências para salvar vidas”, disse à imprensa o líder da oposição Juan Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela por cinquenta países. O político usava uma máscara com a frase "vacinas agora".

O presidente socialista Nicolás Maduro, que mantém o poder apesar do apoio internacional a Guaidó, anunciou que a prioridade no plano de vacinação seria inicialmente médicos e trabalhadores do setor de saúde e professores. O presidente já foi vacinado. O sindicato médico, ao contrário, denuncia atrasos.

A ONG Medicos Unidos afirma que morreram mais de 480 profissionais de saúde neste país de 30 milhões de habitantes.

As autoridades reportam 180.609 casos confirmados e 1.870 mortes até sexta-feira, balanço questionado por entidades como a Human Rights Watch considerando que há uma alta subnotificação.

“Vacinas sem mesquinhez”, “Chega de mortes”, diziam outras faixas.

O agravamento da pandemia ocorre quando a Venezuela anunciou que pagou 64 milhões de dólares, mais da metade do valor necessário para comprar 11,3 milhões de doses de vacinas pelo mecanismo Covax, administrado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir doses a países em desenvolvimento. Nenhuma dessas vacinas chegou.

Caracas alega que os atrasos são consequência das sanções econômicas lideradas pelos Estados Unidos contra a Venezuela para tentar afastar Maduro, que incluem o congelamento de ativos venezuelanos no exterior.

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