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México: 3.024 fossas clandestinas foram encontradas desde 2006

(Arquivo) O presidente do México, Andres Manuel Lopez Obrador afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 30. agosto 2019 - 19:53 minutos
(AFP)

Mais de 3.000 fossas clandestinas com quase 5.000 corpos foram descobertas no México desde o lançamento de uma polêmica ofensiva militar contra o tráfico de drogas em 2006 - anunciou o governo em um histórico informe divulgado nesta sexta-feira (30).

No Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados, a Comissão Nacional de Buscas - encarregada de encontrar 40.000 pessoas dadas como desaparecidas no país - informou que foram descobertas 3.024 fossas clandestinas no México, com pelo menos 4.974 corpos.

"É a primeira vez que se faz, do Governo Federal, um reconhecimento do número de fossas clandestinas", disse a comissária Nacional de Busca, Karla Quintana, que apresentou o relatório ao lado do presidente Andrés Manuel López Obrador, em sua habitual entrevista coletiva matinal.

Enquanto o governo apresentava esses números no Palácio Nacional, familiares de desaparecidos e organizações de direitos humanos protestavam do lado de fora.

Carregando fotos de seus familiares desaparecidos, dezenas de pessoas gritavam "nossos filhos, onde estão?".

Os desaparecimentos não diminuíram com a chegada de López Obrador, de acordo com o informe, o mais completo já feito até o momento. De 1º de dezembro, quando López Obrador tomou posse, a 14 de agosto, foram identificadas 522 fossas com pelo menos 671 corpos.

Deste total, apenas 200 foram identificados, e 116, entregues às suas famílias, de acordo com dados divulgados pela comissão.

"Em governos anteriores, isso foi minimizado e, agora, a busca de pessoas foi tomada como uma prioridade", afirmou o subsecretário dos Direitos Humanos do México, Alejandro Encinas.

O México foi golpeado por uma onda de violência desde que declarou guerra contra os poderosos cartéis de drogas.

Desde dezembro de 2006, quando o governo lançou a operação militar antidrogas, o país registrou mais de 250.000 homicídios, segundo números oficiais, que não detalham quanto casos estariam ligados ao crime organizado.

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