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Maduro acusa oposição por violência durante protesto e ameaça ‘provocadores’

Estudantes e policiais entram em confronto durante protesto, em Caracas, no dia 9 de junho de 2016 afp_tickers

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, culpou a oposição pelos confrontos que culminaram com a agressão do líder da bancada opositora no Parlamento, Julio Borges, e ameaçou prender todos os “provocadores”.

“Condeno a violência ocorrida hoje no centro de Caracas, produto da ação da direita, e peço ao povo que não ceda às provocações”, disse Maduro durante uma manifestação diante do Palácio Presidencial em apoio aos programas sociais do governo.

Julio Borges foi atacado por militantes chavistas quando militares e policiais impediram um grupo de deputados de entrar no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para exigir a ativação do referendo revogatório do mandato de Maduro.

Borges foi atingido com um cano, socado e chutado, e saiu ensanguentado do ataque.

Maduro – que enfrenta uma onda de protestos devido a profunda crise que afeta a Venezuela – reafirmou que a oposição quer gerar uma “espiral de violência nas ruas” para derrubá-lo, e exortou seus partidários a manter a calma porque o país “vai seguir em paz, apesar deles”.

“Mas que ninguém se engane, há vagas suficientes nas prisões para todos os provocadores de direita e não vou vacilar para fazer cumprir a Constituição e as leis da República”.

A oposição pressiona para que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) organize o referendo este ano, mas a situação considera que os prazos legais não permitem.

Se o referendo ocorrer antes de 11 de janeiro de 2017, quando Maduro conclui o quarto ano de seu mandato, serão convocadas novas eleições, mas após esta data o vice-presidente concluirá o período.

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