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Ministério Público denuncia donos da JBS por manipulação de mercado

(7 set) O empresário Joesley Batista, no aeroporto de Brasília afp_tickers

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta terça-feira (10), Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, por uso de informações privilegiadas e manipulação de mercado, aproveitando-se de acordo de delação premiada.

Segundo o MPF, os irmãos Batista teriam lucrado, em maio, 100 milhões de reais com operações de compra de dólares, pouco antes de ser divulgado o acordo de delação premiada, com o áudio que permitiu a denúncia contra o presidente Michel Temer.

Eles também teriam reduzido o prejuízo graças à venda antecipada das ações da empresa.

“Conhecedores profundos do mundo dos negócios, os irmãos empresários sabiam que a sua ‘delação-bomba’, que atingiu o mais alto escalão da política nacional, teria duas consequências: a queda das ações da JBS e a alta do dólar”, afirma o texto do MPF.

O órgão destaca que os empresários aproveitaram isso como vantagem e, “como consequência, manipularam o mercado de ações”.

O MPF pede pena de dois a 13 anos de prisão para Joesley, autor da gravação de Temer, e de 3 a 18 anos de prisão para o então presidente da JBS, Wesley.

Joesley Batista foi preso preventivamente em setembro, acusado de ter ocultado informações. Seu irmão, Wesley, foi detido pouco depois, por suposto uso de informação privilegiada na bolsa.

Os irmãos Batista admitiram ter pago milhões de dólares em subornos a cerca de 1.900 políticos, após terem assinado um acordo de delação premiada em troca da imunidade.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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