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Município do Equador pede medida cautelar contra Pfizer por vacina

O município de Guayaquil, que há um ano foi o epicentro da pandemia de covid-19 no Equador, solicitou uma medida cautelar na Justiça contra a farmacêutica norte-americana Pfizer por se recusar a vender a vacina afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 17. março 2021 - 00:59
(AFP)

O município de Guayaquil, que há um ano foi o epicentro da pandemia de covid-19 no Equador, solicitou nesta terça-feira (16) uma medida cautelar na Justiça contra a farmacêutica norte-americana Pfizer por se recusar a vender a vacina, informou a prefeita.

“É a primeira vez que um município de uma pequena cidade, em um pequeno país da América Latina, processa uma empresa transnacional como a Pfizer por meio de medida cautelar por abuso ao não permitir a venda de vacinas a um governo local”, disse a prefeita de Guayaquil, Cynthia Viteri, em comunicado.

O município (sudoeste), com cerca de 2,7 milhões de habitantes, e outras cidades do Equador, como Quito, pretendem comprar vacinas anticovid, o que tem sido feito exclusivamente pelo governo nacional até agora.

A Pfizer informou que seu produto, feito em parceria com a alemã BionNTech, só é vendido diretamente para os governos dos países.

A processo judicial envolve também o Ministério da Saúde do Equador, que estabeleceu condições para os municípios interessados em importar vacinas, como manter "uma relação direta com laboratórios, não com intermediários", e que as doses sejam "gratuitas para a população". No entanto, até agora nenhuma autorização foi concedida.

“Hoje apresentamos uma medida cautelar que visa que a empresa Pfizer, mais especificamente suas subsidiárias sediadas aqui, no Equador, e o Ministério da Saúde nos permitam ter as 2 milhões de doses que Guayaquil necessita para salvar a vida de um milhão pessoas", continuou Viteri.

Guayaquil, um dos primeiros focos da pandemia na América Latina, é a segunda cidade com mais infecções no país (cerca de 26.000 contra 96.500 em Quito).

O Equador, com 17,4 milhões de habitantes, registra quase 303.000 casos e 16.300 mortes por covid-19, segundo o governo equatoriano.

O país tem atrasos no processo de imunização nacional e, desde janeiro, distribuiu a primeira das duas doses para cerca de 119 mil pessoas.

O governo do presidente Lenín Moreno, que termina seu mandato em 24 de maio, afirma que negociou a compra de 20 milhões de doses de vacinas com laboratórios como Pfizer/BionNTech, a chinesa Sinovac e a britânica AstraZeneca para imunizar dez milhões de pessoas.

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