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Novos condenados por protestos em Cuba recebem penas de até 18 anos de prisão

Pessoas participam de uma manifestação contra o governo do presidente cubano Miguel Diaz-Canel em Havana, em 11 de julho de 2021 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 22. junho 2022 - 19:20
(AFP)

Tribunais cubanos sentenciaram outros 74 participantes dos protestos contra o governo em julho de 2021, somando assim 488 condenados, informou nesta quarta-feira(22) a Procuradoria-geral. Os juízes também ordenaram a absolvição de dois réus.

Dos 74 condenados, 56 receberam penas de 10 a 18 anos de prisão, enquanto 18 tiveram suas penas convertidas em prestação de serviços à comunidade.

Segundo a Procuradoria, os condenados "atentaram contra a ordem constitucional e a estabilidade de nosso Estado socialista".

Em 11 e 12 de julho de 2021, milhares de pessoas se reuniram em 50 cidades cubanas contra o governo do Partido Comunista em 60 anos. Os protestos deixaram um morto, dezenas de feridos e centenas de detidos.

As autoridades cubanas afirmam que as manifestações, as maiores registradas na ilha desde a Revolução em 1959, forem orquestradas pelo governo do Estados Unidos, que exige de Havana a libertação de presos políticos.

Até a semana passada, as autoridades judiciais haviam informado 414 condenados em última instância, incluídos 36 com penas de até 25 anos de prisão por "sedição".

Em janeiro, o governo comunista informou que 790 pessoas foram indiciadas por estes protestos, entre elas, 55 menores.

A embaixada americana questionou nesta quarta-feira no Twitter a situação do líder opositor Daniel Ferrer, detido em 11 de julho em Santiago de Cuba.

"Por que o regime de Cuba impediu @jdanielferrer de falar com sua família por 17 dias, inclusive no Dia dos Pais? José Daniel e todos os manifestantes do #11J detidos devem ser libertados", afirmou a representação diplomática.

Em maio, dez meses depois dos protestos massivos, o Parlamento cubano aprovou por "unanimidade" um novo Código Penal, com tipificações mais rigorosas como a "participação em atividades subversivas", em uma contundente dissuasão às manifestações.

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