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OMS insta laboratórios a respeitarem seus acordos com mecanismo da Covax

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em 26 de dezembro de 2020 afp_tickers

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta quinta-feira (18) que as empresas farmacêuticas AstraZeneca e Pfizer honrem seus compromissos no âmbito do dispositivo Covax, de distribuição internacional de vacinas anticovid.

“Com a homologação […] das duas versões da vacina AstraZeneca, a Covax está pronta para implantar as vacinas e espera que diversos fabricantes honrem seus compromissos”, afirmou o secretário-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa.

A agência da ONU aprovou com urgência a vacina da Pfizer/BioNTech em 31 de dezembro e em 15 de fevereiro a da AstraZeneca, produzida na Índia pelo Serum Institute of India (SII) e a Coreia do Sul.

As vacinas da AstraZeneca representam a maior parte das 337,2 milhões de doses de vacinas anticovid que o dispositivo Covax, liderado pela OMS, a aliança GAVI e a Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias(CEPI), planeja entregar durante o primeiro semestre de 2021.

A Covax visa fornecer vacinas contra a covid-19 a 20% da população de quase 200 países e territórios e inclui um mecanismo de financiamento para que 92 economias de baixa e média renda possam ter acesso ao imunizante.

Na terça-feira, a OMS e a GAVI anunciaram que esperavam que “a maior parte do primeiro lote de entregas” ocorresse “em março e os primeiros embarques no final de fevereiro”.

Os países participantes devem assinar “um acordo de indenização com os fabricantes” para receber as doses por meio do mecanismo Covax. Além disso, devem autorizar o uso de vacinas em nível nacional.

Aqueles que não podem determinar a eficácia e segurança dos imunizantes podem emitir uma autorização especial com base na aprovação de emergência concedida pela OMS.

A OMS lançou nesta quinta-feira o seu plano estratégico anual de preparação e resposta à covid-19, para o qual necessitará de 1,96 bilhão de dólares, dos quais, 1,2 bilhão será destinado ao mecanismo de apoio ao acesso de todos a vacinas e tratamentos.

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