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ONG alerta sobre aliança de narcos mexicanos e rebeldes colombianos

José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da ONG Human Rights Watch (HRW), em coletiva na cidade de Bogotá, em 13 de dezembro de 2018. afp_tickers

José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da ONG Human Rights Watch (HRW), advertiu nesta quinta-feira sobre uma aliança entre narcotraficantes mexicanos e guerrilheiros dissidentes colombianos para enviar cocaína aos Estados Unidos através da disputada rota do Pacífico.

“Há presença em Tumaco de cidadãos mexicanos vinculados a negócios ilegais e que operam em atividades de narcotráfico na região com grupos irregulares que estão atuando no município, fundamentalmente dissidências das Farc”, declarou Vivanco à imprensa em Bogotá.

Sem revelar detalhes, o porta-voz da HRW no continente acrescentou que trata-se de um “fenômeno recente” que envolve “poderosos cartéis mexicanos”.

Principal rota de tráfico de cocaína para os Estados Unidos, nesta região da fronteira com o Equador ocorre uma forte disputa pelo negócio das drogas entre rebeldes do ELN, narcotraficantes e dissidentes das Farc, a antiga guerrilha comunista que no ano passado se desarmou e se transformou em partido político.

Em seu relatório, a ONG destaca que os “índices de homicídio” na região “são os mais elevados no país em termos absolutos” e que em 2017 “as cifras de homicídio” em Tumaco “foram quatro vezes superiores à média nacional” e este ano a taxa cresceu 50%.

A ONG aponta a expansão dos plantios de coca, o descumprimento dos acordos para a desmobilização dos combatentes das Farc e a impunidade judicial como algumas das razões pelas quais o município está mergulhado nesta espiral de violência.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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