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ONU: processo de paz na Colômbia deve avançar ‘o mais rápido possível’

Um ataque atribuído à guerrilha das Farc em uma zona remota de Cauca, oeste da Colômbia, deixou ao menos 10 militares mortos e 17 feridos, informou o governador deste departamento, Temístocles Ortega, um incidente que foi condenado pelo presidente Juan Manuel Santos. afp_tickers

O processo de paz na Colômbia deve avançar “o mais rápido possível” e para tal o governo e a guerrilha das Farc precisam acertar internamente prazos para a conclusão das negociações, disse nesta terça-feira a subcomissária da ONU para os Direitos Humanos, Flavia Pansieri.

Em entrevista coletiva em Bogotá após uma visita de vários dias à Colômbia, Pansieri destacou “a necessidade de o processo de paz avançar o mais rápido possível”.

“Já esperamos muitos anos para chegar aonde estamos e ocorreram muitos progressos, mas é preciso seguir avançando e avançando rapidamente”, disse Pansieri, afirmando que o povo “não quer e não pode esperar mais”.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo do presidente Juan Manuel Santos realizam em Cuba, desde novembro de 2012, negociações de paz e Pansieri sugeriu que as partes delimitem prazos para resolver os temas em discussão.

As negociações em Havana começaram em 19 de novembro de 2012, e até agora, as duas partes se colocaram de acordo em três dos seis pontos da agenda: reforma agrária (maio de 2013), participação política (novembro de 2013) e drogas ilícitas (maio de 2014).

As duas delegações trabalham desde 7 de março em um plano de limpeza das minas colocadas durante o conflito, que mataram e mutilaram milhares de colombianos.

Segundo cifras oficiais, o conflito na Colômbia matou 220 mil pessoas e deixou 5,5 milhões de deslocados.

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