Navigation

ONU discute tentativa de assassinato de líder máximo das Farc

Ex-líder máximo das FARC, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 13. janeiro 2020 - 20:36
(AFP)

A organização das Nações Unidas avaliou nesta segunda-feira (13) a tentativa de assassinato do líder máximo da ex-guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), no último final de semana, como uma prova dos riscos que correm os ex-combatentes colombianos e solicitou mais esforços para protegê-los.

O governo colombiano, por sua vez, explicou à ONU que a desarticulação do atentado seria uma prova do compromisso do presidente Iván Duque em proteger os líderes e ex-guerrilheiros como parte do acordo de paz firmado há três anos.

No último domingo, o anúncio de que as autoridades impediram um ataque a Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, "demonstra os riscos enfrentados pelos membros das ex-Farc e o próprio acordo de paz, no qual se faz crucial a garantia da segurança", argumentou Carlos Ruiz, representante especial da ONU na Colômbia, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Não será possível alcançar completamente a paz se as fortes vozes dos líderes sociais seguem sendo silenciadas por meio da violência, e se os ex-guerrilheiros que largaram suas armas e estão comprometidos com a reintegração continuam sendo assassinados", ressaltou Ruiz ao Conselho de Segurança, que avalia o acordo de paz na Colômbia.

De acordo com a ONU, desde que o acordo de paz foi firmado, 173 ex-guerrilheiros foram mortos.

As autoridades colombianas indicaram que o ataque frustrado foi ordenado por dissidentes rebeldes, onde oficiais mataram dois homens que planejavam a tentativa de assassinato, a cerca de 1 km da casa de Timochenko.

A ministra das Relações Exteriores, Claudia Brum, comentou que a capacidade do governo em desarticular o ataque seria uma prova "do compromisso sério do presidente" em proteger os ex-guerrilheiros.

Blum também informou que o governo solicitou a ONU que ampliasse o tempo da sua Missão de Verificação na Colômbia até o final do mandato atual presidente, em 2022.

Frustrar o ataque "demonstra o quão completo é o esquema de proteção que temos, o quão comprometido o presidente está em conceder essas garantias" aos ex-guerrilheiros, afirmou Emilio Archila, conselheiro do governo colombiano para a estabilização, ao conversar com jornalistas da ONU.

O ano de 2019 foi o mais violento contra ex-guerrilheiros das FARC desde que o acordo de paz foi assinado há três anos. Até o momento, 77 pessoas foram mortas.

Recentemente, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou que buscará medidas mais eficazes para protegê-los.

"Apoiamos os esforços do governo colombiano para aumentar as proteções" de defensores de direitos humanos, líderes sociais e ex-combatentes "cuja segurança é essencial para uma paz justa e duradoura", disse a embaixadora americano na ONU, Kelly, ao Conselho.

Modificar sua senha

Você quer realmente deletar seu perfil?

Boletim de Notícias
Não foi possível salvar sua assinatura. Por favor, tente novamente.
Quase terminado… Nós precisamos confirmar o seu endereço e-mail. Para finalizar o processo de inscrição, clique por favor no link do e-mail enviado por nós há pouco

Leia nossas mais interessantes reportagens da semana

Assine agora e receba gratuitamente nossas melhores reportagens em sua caixa de correio eletrônico.

A política de privacidade da SRG SSR oferece informações adicionais sobre o processamento de dados.