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Ouro de mineração ilegal sai do Peru por Brasil e Bolívia

O ministro do Interior do Peru, Mauro Medina, em Lima, em 18 de setembro de 2018 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 18. setembro 2018 - 22:47
(AFP)

O ministro do Interior de Peru, Mauro Medina, assegurou nesta terça-feira que o ouro extraído da mineração ilegal da região amazônica de Madre de Dios é exportado através das fronteiras de Brasil e Bolívia.

"Os relatórios de inteligência da polícia apontam que o ouro extraído da mineração ilegal de Madre de Dios sai pelo Brasil e pela Bolívia, motivo pelo qual vem trabalhando em conjunto com a polícia desses dois países para fechar a passagem", disse o ministro em coletiva com a imprensa estrangeira em Lima.

A polícia peruana capturou neste ano várias pessoas transportando lingotes de ouro para o aeroporto internacional de Lima para tirá-lo do país, e apreenderam nos depósitos da alfândega barras de ouro ilegal, informou a polícia.

"O objetivo da mineração ilegal é criar sua rota terrestre no Peru, para poder tirar o ouro pelo aeroporto", informou Medina.

O ministério tem uma operação pronta para intervir em "La Pampa", localidade que concentra a maior quantidade de mineiros ilegais de Madre de Dios, como parte de um plano estratégico com os ministérios do Meio Ambiente e de Energia e Minas, revelou o responsável peruano.

"O plano multissetorial tem que ser uma válvula de escape para as milhares de pessoas que trabalham em La Pampa, deve-se evitar um custo social", acrescentou durante a reunião da imprensa estrangeira.

Em La Pampa há dezenas de acampamentos de mineração, onde, além do garimpo ilegal, existe tráfico de pessoas, tráfico de drogas, prostituição e exploração de menores, entre outros crimes.

O desmatamento causado pela mineração ilegal em Madre de Dios triplicou nos últimos anos, ao passar de 5.000 para 17.000 hectares entre 2001 e 2016.

Os milhares de mineiros ilegais usam dinamite e mercúrio para extrair o ouro, causando destruição e contaminação, segundo as autoridades.

As autoridades peruanas estimam que organizações criminosas ganham cerca de 2,6 bilhões de dólares por ano com a produção e venda do ouro extraído ilegalmente na Amazônia.

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