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Partido de ultradireita do Peru anuncia nova moção para remover Castillo

Imagem do presidente do Peru, Pedro Castillo, sendo interrogado pela Procuradori, 28 de dezembro de 2021 em Lima afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 02. fevereiro 2022 - 20:34
(AFP)

Um partido de extrema-direita no Peru anunciou nesta quarta-feira (2) que promoverá uma moção para destituir o presidente de esquerda Pedro Castillo, a segunda em seis meses no poder, alegando que ele supostamente carece de "habilidades" para governar.

O anúncio foi feito pela bancada do Renovação Popular, partido ao qual pertencia o deputado Héctor Valer Pinto, que tomou posse na terça-feira como novo chefe de gabinete de Castillo.

Desde 2017, as moções de "vacância" têm sido a ferramenta principal para afastar presidentes peruanos e levaram o país a ter três líderes em cinco dias em novembro de 2020.

"Castillo zombou do Peru [...]. Ele não tem as habilidades nem a base mínima de conhecimento para estar no comando do governo", afirmou a bancada.

O líder desse partido é o empresário ultraconservador Rafael López Aliaga, que ficou em terceiro nas eleições presidenciais de 2021, vencidas por Castillo sobre a candidata de direita Keiko Fujimori.

Não se sabe se outros partidos da oposição vão aderir a essa cruzada, mas o anúncio prevê dificuldades para o Congresso conceder a Valer Pinto um voto de confiança, essencial para que ele permaneça na chefia do gabinete.

Os seis meses de Castillo foram caracterizados por disputas internas em seu governo e ataques da direita radical, que tentaram destituí-lo. Um pedido foi rejeitado em 8 de dezembro pelo Congresso, dominado pela oposição de centro-direita.

Os opositores ficaram irritados com Castillo depois de uma entrevista à CNN, na qual ele afirmou que "não foi treinado para ser presidente" e que sua gestão era uma "escola".

Ele também sugeriu consultar a população para decidir se o Peru concede à Bolívia uma saída para o mar.

Castillo teve que reorganizar seu governo na terça-feira após a surpreendente renúncia da chefe de gabinete, Mirtha Vásquez, devido a divergências sobre promoções na polícia.

Em seu lugar, nomeou Valer Pinto, eleito para o Congresso em 2021 na lista do Renovação Popular. Mais tarde, o advogado foi afastado do partido por exigir que fosse respeitado o resultado da eleição vencida por Castillo, denunciada pelos demais partidários como fraudulenta.

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