Perspectivas suíças em 10 idiomas

Peruano Jaime Bayly diz que Odebrecht se ofereceu para custear campanha

Logo da empreiteira brasileira Odebrecht no Rio de Janeiro em 23 de junho de 2016 afp_tickers

O escritor peruano Jaime Bayly afirmou que a construtora Odebrecht se ofereceu para financiar toda a sua campanha caso ele se lançasse na corrida presidencial em 2011.

O autor de “No se lo digas a nadie” afirmou que a oferta foi feita pelo diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, que admitiu à Justiça que a empresa doou ilegalmente para as campanhas de quatro presidentes peruanos.

“Teriam me dado uma fortuna se eu me candidatasse. Pessoas da Odebrecht, o próprio senhor Barata, no Clube Nacional, se ofereceram para financiar toda a minha campanha”, declarou Bayly em entrevista à rádio RPP na terça-feira à noite.

“Enrique Ghersi (advogado e político peruano) organizou um jantar com empresários poderosos (…). Ele (Barata) foi o mais generoso (e) em algum momento disse ‘vamos financiar a campanha'”, explicou o escritor de 53 anos, que reside nos Estados Unidos.

Barata confessou em março que a Odebrecht contribuiu em 2006 e 2011 para as campanhas de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan Garcia (2006-2011), Ollanta Humala (2011-2016) e Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), bem como a Keiko Fujimori.

Bayly não se candidatou e votou em Keiko nas eleições de 2011.

A Odebrecht admitiu que pagou 9 milhões de dólares em proprinas no Peru entre 2005 e 2014, durante os governos de Toledo, Garcia e Humala.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR