Navigation

Piñera lamenta violência no sul do Chile que resultou em duas mortes

O sábio mapuche Juan Nanculef antes do eclipse solar nas encostas do vulcão Villarrica, em Pucon, Chile, em 13 de dezembro de 2020. A região voltou a ser o centro das atenções no país após duas pessoas, entre elas um policial civil, terem sido assassinadas por suspostos grupos criminosos envolvidos com o narcotráfico. afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 09. janeiro 2021 - 19:18
(AFP)

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, lamentou neste sábado (9) a morte de um policial e um agricultor que teriam sido vítimas de criminosos e narcotraficantes na região de La Araucanía, e pediu para que esses atos de violência não sejam atribuídos ao povo Mapuche.

Durante uma operação antidroga na quinta-feira, na comunidade mapuche de Temucuicui, o agente da Polícia Civil Luis Morales foi abatido a tiros por supostos narcotraficantes que utilizaram um armamento de grosso calibre. A outra vítima foi o agricultor Orwal Casanova, de 70 anos, que recebeu um tiro no rosto em sua fazenda perto da localidade de Victoria.

Piñera lamentou e condenou o ocorrido após assistir ao funeral do agente neste sábado (9) em Santiago, e afirmou que "organizações criminosas e narcotraficantes se infiltraram" em Temucuicui, provocando pavor entre a população nos últimos meses.

"Não aceitaremos jamais, em nenhum lugar do Chile, que grupos do crime organizado ou narcotraficantes, dispostos a assassinar pessoas inocentes, incluindo funcionários de nossas polícias, tenham e utilizem armas militares de maneira ilegal e administrem redes de narcotráfico ou plantações de droga", disse Piñera.

"Estamos todos consternados, temos que fazer algo para mudar essa situação, não é raro, não é pouco comum, muito gente passa por isso e me dá pena, porque ninguém faz nada", criticou Francisco Casanova, filho do agricultor morto, durante seu funeral em La Araucanía.

Piñera pediu para que esses atos violentos não sejam atribuídos ao povo Mapuche -a maior etnia indígena do Chile- que sustenta um histórico conflito com o estado chileno no que se refere a sua demanda por direito ancestral de terras em La Araucanía, que têm sido entregues a madeireiros e agricultores.

"Nunca devemos confundir a ação criminosa desses grupos com o povo Mapuche que é um povo por essência, por tradição, amante da justiça e da paz", declarou o presidente chileno.

Mas, segundo o governo e agricultores locais, existem grupos radicais ou "terroristas" que apoiam as causas indígenas e que estariam por trás de algumas das centenas de ataques a colégios, caminhões e máquinas agrícolas que aconteceram nos últimos meses nas regiões de La Araucanía e em Biobío (sul) e que resultaram em uma forte tensão na região.

Modificar sua senha

Você quer realmente deletar seu perfil?

Boletim de Notícias
Não foi possível salvar sua assinatura. Por favor, tente novamente.
Quase terminado… Nós precisamos confirmar o seu endereço e-mail. Para finalizar o processo de inscrição, clique por favor no link do e-mail enviado por nós há pouco

Leia nossas mais interessantes reportagens da semana

Assine agora e receba gratuitamente nossas melhores reportagens em sua caixa de correio eletrônico.

A política de privacidade da SRG SSR oferece informações adicionais sobre o processamento de dados.