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Polícia prende mais de 40 traficantes da maior quadrilha da Colômbia

(Arquivo) Pacotes de cocaína apreendidos pelo Exército colombiano durante operação de captura da quadrilha de traficantes "Clan Usúga", em Bahia Solano, no dia 14 de março de 2015 afp_tickers

Pelo menos 41 membros da quadrilha de traficantes “Clan Úsuga” foram capturados nas últimas horas em diferentes regiões da Colômbia, no âmbito de uma operação há meses em andamento contra esse grupo criminoso – informou a Polícia Nacional em nota divulgada nesta quarta-feira.

Nas últimas semanas, mais de 300 membros do grupo foram presos.

Entre os detidos, está Edgar Durango, acusado pelas autoridades de “dirigir e coordenar a saída de cocaína” de toda a costa Pacífica da Colômbia para distribuí-la de lancha para México, Guatemala e Honduras.

Ex-paramilitar conhecido como “El Mono”, Durango era ligado a Darío Úsuga, o “Otoniel”, líder do grupo e principal alvo da operação policial realizada em todo o território contra o “Clan Úsuga”. Este é o maior grupo criminoso da Colômbia.

Além de Durango, a Polícia destacou que, entre os 41 detidos, também estão dois políticos que eram candidatos nas eleições municipais de outubro próximo. Seus nomes não foram divulgados.

O chefe do “Clan Úsuga” em Cartagena (norte) e os principais cabeças da quadrilha no departamento de Bolívar (norte) e Córdoba (noroeste) aumentam a lista.

A operação das últimas horas aconteceu, simultaneamente, em diversas cidades de quatro departamentos do norte e noroeste da Colômbia: Antioquia, Córdoba, Sucre e Bolívar.

Os detidos são acusados por crimes que vão de homicídios e tráfico de drogas a extorsão e tráfico de armas.

O “Clan Úsuga” – também conhecido como “Los Urabeños”, ou “Autodefesas Gaitanistas da Colômbia” – surgiu após a desmobilização de 32 mil paramilitares de direita no primeiro governo de Álvaro Uribe (2002-2006) e, hoje, tem influência nacional.

Segundo um relatório divulgado em março pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, grupos como esse “são o principal desafio em segurança pública hoje em dia” no país.

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