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Premier do Haiti promete na OEA eleições ‘o quanto antes’

(Arquivo) O premier do Haiti, Ariel Henry afp_tickers

O primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, prometeu nesta sexta-feira (20) ante a OEA realizar eleições “o quanto antes”, apesar da devastação causada pelo terremoto recente, em um país ainda abalado pelo assassinato de seu presidente, em julho.

Durante sessão extraordinária remota do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre o Haiti, Henry reconheceu que a comunidade internacional vê com preocupação a instabilidade política “crônica” no país caribenho, “agravada pelo assassinato infame” de Jovenel Moise, em 7 de julho.

“Eu me comprometi a fazer o que estiver ao meu alcance para colocar meu país de volta aos trilhos de uma democracia funcional, com a organização de eleições livres e transparentes o quanto antes”, afirmou Henry, que assumiu o cargo em 20 de julho, após ter sido designado por Moise.

“É imperativo que voltemos rapidamente ao funcionamento normal das instituições democráticas”, enfatizou Henry, que assumiu o cargo em 20 de julho após ter sido nomeado por Moise.

O primeiro-ministro admitiu que o processo eleitoral em curso foi interrompido pelo terramoto, “que mobilizou todas as energias”, mas garantiu que o mesmo será retomado “o mais rapidamente possível”.

Na semana passada, antes do terremoto, o conselho eleitoral provisório havia dito que o primeiro turno das eleições presidenciais, inicialmente programadas para setembro, seria em 7 de novembro. Para o mesmo dia, também estão previstos eleições legislativas, que deveriam ter sido realizadas em 2019, e um referendo constitucional apoiado por Moise, adiado duas vezes por conta da pandemia.

Moise, morto em sua casa por um comando armado, governava por decreto, depois que as eleições legislativas de 2018 foram adiadas e surgiram disputas sobre se seu mandato deveria terminar em fevereiro de 2021 ou 2022.

O país mais pobre das Américas, castigado por desastres naturais recorrentes, registrou um aumento da violência das gangues, em meio ao aumento de contágios e mortes por covid-19.

Henry prometeu restaurar a ordem e levar perante a justiça os responsáveis pelo assassinato de Moise.

Foram detidas por envolvimento no crime 44 pessoas, incluindo 12 policiais haitianos, dois americanos de ascendência haitiana e 18 colombianos que supostamente integravam o comando armado.

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