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Primeira-dama Michelle Bolsonaro quebra protocolo e discursa em libras

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro (C), faz discurso em linguagem de sinais ao lado do marido, o presidente Jair Bolsonaro, no parlatório do Palácio do Planalto, em Brasília, 1º de janeiro de 2019 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 01. janeiro 2019 - 22:04
(AFP)

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, quebrou o protocolo da posse presidencial nesta terça-feira (1º) e deu um rápido discurso em libras, linguagem de sinais utilizada pelos surdos, no parlatório do Palácio de Planalto, antes de seu marido, o presidente Jair Bolsonaro, dirigir-se a seus simpatizantes.

Não só foi a primeira vez que a esposa de um presidente discursa em uma cerimônia de posse. Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, de 38 anos, dirigiu-se à multidão em linguagem de sinais, que uma intérprete traduziu em palavras. A primeira-dama se tornou conhecida nos últimos meses por seu trabalho em prol dos deficientes auditivos.

"Eu gostaria de modo muito especial de dirigir-me à comunidade surda, pessoas com deficiência e a todos aqueles que se sentem esquecidos. Vocês serão valorizados e terão seus direitos respeitados", disse Michelle.

Em contrapartida às posições do marido, Michelle manteve um tom inclusivo. "Estamos todos de um lado só. Juntos alcançaremos o Brasil próspero, com amor, ordem, progresso, paz, educação e liberdade para todos", comentou antes de repetir o lema do presidente: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".

De confissão evangélica, Michelle se manteve fora dos holofotes durante a campanha, mas depois das eleições começou a ganhar protagonismo e a alimentar suas redes sociais, principalmente com mensagens de seu marido e seus enteados.

Um deles, Carlos Bolsonaro, ganhou especial menção em seu breve discurso, a quem agradeceu "por toda a ajuda e a solidariedade durante os 23 dias que passamos dentro do hospital em São Paulo", enquanto Jair Bolsonaro, de 63 anos, e então candidato, se recuperava de uma facada no abdômen que levou em 6 de setembro durante um ato de campanha em 6 de setembro em Juiz de Fora (MG).

Usando um vestido justo ao corpo cor-de-rosa com decote ombro a ombro e os cabelos parcialmente presos, a primeira-dama foi aplaudida e em uma ocasião sua intérprete chegou a ficar com a voz embargada. Sua iniciativa repercutiu no Twitter, tornando-se o segundo tema mais comentado no fim da tarde.

Nascida em Ceilândia, periferia da capital, a esposa de Bolsonaro flertou com a carreira de modelo, mas acabou desistindo rapidamente. Passou por alguns trabalhos temporários até entrar no Congresso como secretária. Foi lá que conheceu Bolsonaro em 2007.

A chama da paixão acendeu rápido e pouco tempo depois o então deputado fez uma oferta de trabalho que os levou ao casamento civil. O relacionamento custou o emprego a Michelle, por se tratar de um caso de nepotismo.

Mãe de duas filhas, uma de 16 anos de um relacionamento anterior, e a pequena Laura Bolsonaro, de 8 anos, Michelle é, segundo quem a conhece, uma mulher de pulso firme.

O tom melodioso de sua voz contrasta com o estilo marcial do marido, que só tem palavras de carinho para sua esposa. Ela tampouco economiza na admiração ao capitão do Exército da reserva, que se tornou o 38º presidente da República do Brasil.

"Ele é um cara humano, que se preocupa com as pessoas. Ele é um ser humano maravilhoso, quem convive sabe que ele é assim", disse Michelle em um vídeo difundido por um dos filhos de Bolsonaro este ano.

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