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Prisão perpétua para Abimael Guzmán e outros nove líderes do Sendero Lumimoso

O líder do Sendero Luminoso, Abimael Guzmán, ao chegar para o julgamento em Callao, na região de Lima, em 28 de fevereiro de 2017. afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 11. setembro 2018 - 22:44
(AFP)

Um tribunal peruano impôs nesta terça-feira a pena de prisão perpétua a dez antigos dirigentes da guerrilha maoista Sendero Luminoso, entre eles seu líder histórico, Abimael Guzmán, que já está preso pelo resto da vida.

A sentença emitida nesta terça envolve o atentado com carro-bomba que matou 25 pessoas em Lima em 1992.

Os três juízes da Turma A da Sala Penal Nacional emitiram a sentença ao final de 20 meses de julgamento sobre o ataque na rua Tarata, no distrito limenho de Miraflores, em 16 de julho de 1992.

No total, doze membros do Sendero Luminoso eram julgados pelo ataque à rua Tarata, mas Elizabeth Cárdenas foi absolvida e Moisés Limaco está foragido.

Os três juízes absolveram todos os réus da acusação de "tráfico de drogas", por falta de provas.

Entre os condenados está a mulher de Guzmán, Elena Yparraguirre, e os líderes do Sendero Osmán Morote e Margot Liendo, que no momento cumprem prisão domiciliar.

O julgamento foi realizado na base naval de Callao, porto da região de Lima, e Guzmán permaneceu cabisbaixo durante toda a audiência desta terça-feira.

A sentença foi anunciada um dia antes do aniversário da "captura de Guzmán e de parte da cúpula do Sendero Luminoso, ocorrida em 12 de setembro de 1992", destacou o Poder Judiciário.

O julgamento do ataque à rua Tarata era um dos poucos processos pendentes contra Guzmán, que entrou para a luta armada em maio de 1980 para fundar a "República Popular da Nova Democracia", com o objetivo de adotar nos Andes peruanos as teorias de Mao, Marx e Engels mescladas as suas.

O atentado com carro-bomba em Tarata chocou o Peru, pois foi o primeiro ataque do Sendero Luminoso contra um alvo civil em Lima.

A explosão na pequena rua do bairro turístico de Miraflores deixou um cenário de terror, com 25 mortos, mais de 100 feridos e carros e lojas destruídos.

O carro-bomba estava carregado com quase 500 quilos de explosivos e no local do ataque hoje existe uma fonte de água e um monumento para recordar as vítimas.

Durante as audiências, Guzmán chamou o julgamento de "farsa" e afirmou que não teve qualquer envolvimento no atentado, que qualificou de "erro" de seus seguidores.

A versão de Guzmán foi refutada por Oscar Ramírez Durand, ex-número três do Sendero, que pediu perdão aos familiares das vítimas.

Com a decisão, Guzmán, 83 anos, acumula sua segunda pena de prisão perpétua. A primeira cumpre desde 1992.

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