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Putin promete retomar 'cooperação construtiva' com Arce na Bolívia

O presidente russo, Vladimir Putin, durante um discurso no Kremlin em 23 de setembro de 2020 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 22. outubro 2020 - 23:15
(AFP)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu ao recém-eleito presidente da Bolívia, Luis Arce, retomar a "cooperação construtiva" que os dois países tiveram durante o governo de Evo Morales, segundo carta divulgada nesta quinta-feira (22).

Em mensagem parabenizando Arce por sua vitória eleitoral no último domingo, Putin propôs retomar o "desenvolvimento e a cooperação bilateral construtiva".

“Fortaleceremos as relações entre nossos países em benefício dos povos”, respondeu Arce, que publicou a carta do mandatário russo em sua conta no Twitter.

As relações entre a Rússia e a Bolívia foram muito calorosas durante o governo de Morales (2006-2019), que em diversas ocasiões visitou Moscou, a última para a abertura da Copa do Mundo de 2018.

Uma visita oficial em 2013 foi a que alcançou maior notoriedade, quando, ao regressar de Moscou, o avião presidencial boliviano foi impedido de entrar nos espaços aéreos da França, Itália, Espanha e Portugal.

Segundo La Paz, os Estados Unidos alertaram os quatro países que dentro do avião estava Edward Snowden, o técnico em informática americano por trás das revelações sobre programas secretos de espionagem americanos, que se refugiara na Rússia meses antes.

Incapaz de seguir para o Atlântico, o avião teve que fazer um pouso de emergência em Viena, onde Morales permaneceu por mais de 24 horas para depois retomar sua viagem à Bolívia, após receber um pedido de desculpas dos governos das quatro nações.

Enquanto esperava a autorização para retomar a viagem, Morales foi visitado no aeroporto de Viena pelo presidente austríaco Heinz Fischer, a quem condecorou dois anos depois por ter "salvado sua vida".

"Se não pudéssemos pousar em nenhum aeroporto e se o combustível não fosse suficiente (para retornar) a Moscou, certamente [o avião] cairia", disse Morales.

Arce disse que pretende manter boas relações com todos os países em um ambiente de "respeito à soberania da Bolívia", o que pode significar que a Bolívia e os Estados Unidos voltarão a indicar embaixadores (não o fazem desde 2008).

A atual presidente interina de direita da Bolívia, Jeanine Añez, que sucedeu Morales quando este renunciou em 2019, rompeu relações com a Venezuela de Nicolás Maduro e reconheceu como chefe de estado venezuelano o líder da oposição, Juan Guaidó.

Áñez também demitiu médicos cubanos no país andino assim que tomou posse e, meses depois, fechou as embaixadas bolivianas no Irã e na Nicarágua.

Embora a Rússia tenha reconhecido o governo Añez, a relação entre os dois países foi fria.

Duas empresas estatais russas atuam na Bolívia. A petrolífera Gazprom explora com a francesa Total o bloco Incahuasi (sudeste) e a agência atômica Rosatom está construindo uma usina de medicina nuclear em El Alto, cidade vizinha de La Paz.

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