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Santos reforça equipe de negociadores de paz com chanceler e empresário

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, participa de coletiva de imprensa, na Cidade do México, no dia 8 de maio de 2015 afp_tickers

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, reforçou nesta quarta-feira sua equipe de negociadores de paz com a guerrilha das Farc, ao somar aos diálogos que se desenvolvem em Cuba desde 2012 a chanceler María Ángela Holguín e o empresário Gonzalo Restrepo.

“Decidi reforçar a equipe negociadora em Havana com a ministra das Relações Exteriores, María Ángela Holguín, que continuará como chanceler, e também o empresário, muito conhecido pelos colombianos, Gonzalo Restrepo”, afirmou Santos em um comunicado do Palácio Presidencial de Nariño.

Rodeado pelos delegados do governo em Cuba, que partirão nesta quarta-feira para a ilha para uma nova rodada de discussões com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, comunistas), Santos disse que Holguín e Restrepo são “duas pessoas de reconhecida trajetória, seriedade e responsabilidade com o país”.

Nem Holguín, nem Restrepo estarão permanentemente em Cuba, mas irão “com frequência, para ajudar a equipe negociadora”, explicou o presidente.

Santos pediu aos colombianos para “continuarem acreditando” no processo de paz apesar de nos últimos meses não terem apresentados “avanços visíveis”.

“Avançamos em diversos temas mas, ao mesmo tempo, são temas difíceis, onde os acordos se constroem com paciência e serenidade”, explicou.

Nos diálogos de Cuba, as partes alcançaram acordos parciais sobre o desenvolvimento rural, narcotráfico e participação política dos guerrilheiros que se desmobilizem.

Atualmente discutem sobre a reparação das vítimas do conflito armado de mais de meio século e sobre o abandono das armas quando forem firmados os acordos.

Também está pendente determinar por meio de qual método serão referendados os eventuais acordos de paz.

O conflito colombiano, no qual também participam paramilitares de direita e agentes do Estado, deixou oficialmente ao menos 220.000 mortos e cerca de seis milhões de deslocados.

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