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Sonda chinesa volta à Terra trazendo amostras da Lua, reporta imprensa estatal

Nesta foto, a sonda lunar Chang'e-5 coleta amostras no satélite natural da Terra antes de voltar em segurança afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 16. dezembro 2020 - 18:07
(AFP)

Uma nave chinesa não tripulada, carregando rochas e solo da Lua, retornou em segurança à Terra nesta quarta-feira (17), na primeira missão em quatro décadas para coletar amostras lunares, reportou a agência de notícias oficial Xinhua.

O módulo de retorno da sonda espacial Chang'e-5 pousou na região da Mongólia interior, no norte da China, noticiou a Xinhua, citando a Agência Espacial Chinesa.

Com esta missão, a China se tornou o terceiro país do mundo a recuperar amostras lunares, depois dos Estados Unidos e da União Soviética nos anos 1960 e 1970.

Pequim tenta alcançar Washington e Moscou, após levar décadas para igualar os feitos dos rivais e tem investido bilhões em seu programa espacial, de gestão militar.

A nave Chang'e-5, batizada com o nome de uma deusa mítica da Lua, pousou no satélite natural da Terra em 1º de dezembro. Enquanto esteve lá, fincou a bandeira chinesa, acrescentou a agência espacial chinesa.

Sua partida com sucesso dois dias depois representou a primeira vez que a China conseguiu fazer decolar um corpo extraterrestre, acrescentou.

Cientistas esperam que as amostras os ajudem a aprender sobre as origens da Lua, sua formação e a atividade vulcânica em sua superfície.

A missão da Chang'e-5 era coletar dois quilos de material em uma região conhecida como Oceanus Procellarum - ou "Oceano de Tempestades" - uma planície de lava até então inexplorada, segundo a revista científica Nature.

Esta foi a primeira tentativa do tipo desde a missão soviética Luna 24, em 1976.

- "Sonho espacial" -

Durante a Presidência de Xi Jinping, os planos para realizar o "sonho espacial" chinês, como ele o denomina, foram intensificados.

A China espera ter uma estação espacial tripulada em 2022 e um dia enviar seres humanos para a Lua.

Pequim lançou seu primeiro satélite em 1970. Duas décadas depois, decolava sua primeira nave espacial tripulada, com Yang Liwei tornando-se o primeiro "taikonauta" do país, em 2003.

Uma sonda lunar chinesa pousou na face oculta da Lua em janeiro de 2019, um feito inédito no mundo, que impulsionou as aspirações de Pequim de se tornar uma superpotência espacial.

A missão desta última sonda está entre uma série de metas ambiciosas, que incluem o desenvolvimento de um foguete poderoso capaz de transportar uma carga mais pesada da que os foguetes da Nasa e da empresa privada SpaceX podem levar, uma base lunar, uma estação espacial permanentemente tripulada, e uma sonda marciana.

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