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STF suspende investigação contra Aécio Neves

O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, em Brasília, no dia 11 de maio de 2016 afp_tickers

Menos de 24 horas depois de tê-la autorizado, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a abertura de inquérito por corrupção contra o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves.

Na quinta-feira, o juiz Gilmar Mendes declarou à imprensa que a defesa do senador Aécio (PSDB-SP) havia demonstrado a inexistência de “fatos novos”, ou de “elementos mínimos”, para pedir uma investigação.

Foi o próprio Gilmar que acolheu, na quarta à noite, o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de iniciar uma investigação contra Aécio para determinar se ele se beneficiou de um esquema de corrupção ligado à Furnas Centrais Elétricas.

O STF aceitou o pedido de Janot para investigar Aécio por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, de acordo com nota divulgada on-line.

A decisão do ministro Gilmar Mendes foi tomada no mesmo dia da votação, no Senado, a favor do julgamento político da presidente Dilma Rousseff e de seu consequente afastamento. Depois dessa histórica votação, Gilmar foi designado presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O pedido de indagar Aécio Neves decorre das declarações dadas pelo ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MT), ex-líder do PT no Senado. Delcídio fez acordo de delação premiada, após passar três meses atrás das grades.

A delação premiada de Delcídio deflagrou um terremoto político em Brasília, ao envolver no megaescândalo da Petrobras a presidente Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ainda vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) e Aécio.

Em seu depoimento, Delcídio declarou aos investigadores que o senador do PSDB se beneficiou “sem dúvidas” de um esquema de suborno em Furnas, no qual estariam envolvidas as mesmas empreiteiras participantes da rede de fraudes e propinas que levou a um rombo de pelo menos US$ 2 bilhões na Petrobras.

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