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Trabalhadores rurais em greve bloqueiam estrada no Peru

(Arquivo) Um pastor caminha por Pisco, em Ica, a 300 km de Lima, no Peru afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 01. dezembro 2020 - 21:46
(AFP)

Centenas de trabalhadores da indústria agroexportadora peruana bloquearam a Rota Panamericana na altura da cidade agrícola de Ica, 250 km ao sul de Lima, nesta terça-feira (1), exigindo melhores salários, informou a polícia.

Com pedras, troncos e pneus incendiados, os trabalhadores iniciaram na segunda-feira o bloqueio desta rodovia vital que atravessa o país de norte a sul da fronteira equatoriana à chilena. Dezenas de caminhões de carga e ônibus de passageiros ficaram parados.

"Os trabalhadores das empresas agroexportadoras começaram com uma marcha pacífica", mas depois "bloquearam a Panamericana", disse o coronel Marlon Anticona, chefe de polícia em Ica, uma região agrícola.

Os trabalhadores reivindicam melhores salários e a revogação da Lei de Promoção Agrária, que alegam privá-los de direitos e limitar seus ganhos.

"Eu me levanto às três da manhã para ir trabalhar às cinco. Sou explorada por mais de oito horas por 36 soles (10 dólares) sem comida e sem água. Isso não é justo", queixou-se Geraldine Martínez.

De acordo com a lei, o salário diário dos trabalhadores agrícolas deve ser de pelo menos 11 dólares, mas a norma não especifica uma jornada máxima de trabalho, apenas um mínimo de quatro horas. Os trabalhadores exigem 18 dólares por dia e outros benefícios.

O líder da Frente dos Trabalhadores Agrários de Ica, Julio Carbajal, afirmou que os dias de trabalho costumam durar 12 horas e os salários são irrisórios.

"Às vezes chega a 20 soles (5,5 dólares). Alguns são pais de família e esse salário não é suficiente para viver", declarou Carbajal à rádio RPP.

Benjamín Cillóniz, gerente da empresa SAFCO Peru, que opera uma propriedade em Ica, criticou o protesto e afirmou que os trabalhadores agrediram outros funcionários que não aderiram à manifestação.

"Eles entraram em propriedades privadas e atacaram o pessoal porque não se solidarizaram com eles. Ou seja, se alguém não se junta para quebrar coisas, para destruir, eles atacam", disse Cillóniz à RPP.

Segundo o coronel Anticona, uma comissão governamental chegou a Ica nesta terça para dialogar com trabalhadores e representantes das empresas.

Este é o primeiro conflito trabalhista enfrentado pelo novo presidente em exercício Francisco Sagasti, que assumiu o poder há duas semanas em meio a uma crise política marcada por três líderes em poucos dias.

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