UE destina € 50 milhões para ajuda humanitária na Venezuela
A Comissão Europeia anunciou, nesta quarta-feira (27), uma ajuda de 50 milhões de euros (56,3 milhões de dólares) a mais para ajudar os venezuelanos a enfrentar a crise, tanto fora, quanto dentro do país.
“A nova ajuda será destinada aos centros de acolhimento, à assistência sanitária e alimentar, aos serviços de nutrição, ao acesso à água potável e saneamento”, informou o comissário europeu de Ajuda Humanitária, Christos Stylianides.
Feito dentro dos compromissos da UE no Grupo de Contato Internacional (GCI) sobre a Venezuela, o anúncio ocorre na véspera de uma nova reunião com seus sócios latino-americanos em Quito.
A UE eleva, assim, sua assistência, que inclui também ajuda ao desenvolvimento tanto para a Venezuela quanto para os países vizinhos, aos 117,6 milhões de euros desde 2018, explicou o Executivo europeu em um comunicado.
O envio de ajuda humanitária para a Venezuela, que enfrenta uma grave crise política e econômica, é uma das duas linhas de trabalho do GCI, juntamente com a tentativa de estabelecer as bases para a convocação de uma eleição presidencial antecipada, que Caracas rejeita.
Para o primeiro objetivo, o grupo de contato está estudando a possibilidade de estabelecer um mecanismo internacional para o fornecimento de ajuda humanitária em cooperação com as Nações Unidas.
A UE, que distribui sua ajuda por meio de organizações no campo, considera que ela deve ser “despolitizada” e dividida de acordo com os princípios de “humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência”.
Já para o segundo objetivo do GCI, as eleições, fontes em Bruxelas estimam que “a situação é muito ruim”, mas veem neste grupo, como disse recentemente a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, a “única iniciativa política existente” que tem acesso a todas as partes.