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Universidade peruana nega participação do ex-presidente Vizcarra em testes da vacinas

(Arquivo) O ex-presidente peruano alvo de investigação Martín Vizcarra afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 14. fevereiro 2021 - 19:29
(AFP)

A universidade peruana encarregada de realizar testes de uma vacina chinesa contra a covid-19 negou neste domingo (14) que o ex-presidente Martín Vizcarra tenha sido voluntário do estudo, assunto que desencadeou uma tempestade política no país.

A Universidade Peruana Cayetano Heredia (UPCH), encarregada de testar a vacina chinesa Sinopharm no país sul-americano, disse que "o pesquisador chefe informou (às autoridades sanitárias) que o senhor Martín Vizcarra e a senhora Maribel Díaz Cabello não fizeram parte do grupo de 12.000 voluntários sujeitos à pesquisa", e que todos os protocolos e normas nacionais e internacionais foram respeitados no estudo.

O esclarecimento desmente as declarações do ex-presidente Martín Vizcarra desta semana.

“Eu tomei a decisão, corajoso, de me juntar aos 12.000 voluntários” que participariam do ensaio, afirmou.

Vizcarra queria, portanto, justificar o furo jornalístico de um jornal que afirmou que, quando presidente (2018-2020), ele havia sido vacinado secretamente, poucas semanas antes de ser removido pelo Congresso em novembro em um julgamento relâmpago de impeachment.

A UPCH acrescenta que entregou todas as informações necessárias ao Instituto Nacional de Saúde, na qualidade de autoridade competente, e que uma "inspeção extraordinária do ensaio clínico da vacina Sinopharm foi realizada no dia 12 de fevereiro" na universidade.

O ex-presidente de 57 anos, que é candidato ao Congresso nas próximas eleições de abril, garantiu que concordou em participar dos testes clínicos, apesar da recomendação de um colaborador para não fazê-lo porque era “muito arriscado".

Vizcarra afirmou não ter divulgado a informação na época porque "os voluntários devem manter a discrição" sobre os ensaios e disse que sua esposa, Maribel Díaz, também havia sido vacinada.

Essa polêmica levou a ministra da Saúde, Pilar Mazzetti, no cargo desde julho de 2020, a renunciar na sexta-feira.

Muito atingido pela segunda onda da pandemia, o Peru começou esta semana a vacinação contra a covid-19 entre os profissionais de saúde, dois dias após a chegada das primeiras 300.000 doses de Sinopharm.

O governo interino de Francisco Sagasti aspira poder vacinar 10 milhões de pessoas antes do final de seu mandato constitucional, que termina em julho, e anunciou que já foram compradas 48,24 milhões de doses de vacinas, das quais um milhão foram recebidas.

O Peru acumula até sábado 43.491 mortes por covid-19, com 1,22 milhão de casos confirmados e 1,13 milhão de pessoas recuperadas. O sistema de saúde está saturado com 14.222 internados e um déficit de 20% na demanda de oxigênio medicinal.

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