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Venezuela rechaça ultimato de eleições dado pela Europa na ONU

O chanceler venezuelano Jorge Arreaza em uma sessão especial do Conselho de Segurança sobre a Venezuela em 26 de janeiro de 2019 afp_tickers

A Venezuela rechaçou, neste sábado (26), na ONU, o ultimato dado por vários países europeus para organizar eleições em até oito dias. Caso contrário, afirmam que reconhecerão o opositor Juan Guaidó como presidente interino.

O chanceler venezuelano Jorge Arreaza disse entender que haja “governos satélites” que se dobram à decisão americana de declarar ilegítimo o presidente Nicolás Maduro.

“Mas a Europa? Seguindo os Estados Unidos? Nem tanto os Estados Unidos, mas o governo de Donald Trump? A Europa? Nos dando oito dias de quê? De onde vocês tiram que têm algum poder para dar prazos ou ultimatos a um povo soberano? De onde tiram que tão ação intervencionista e, diria eu, até infantil?”, indagou o chanceler Jorge Arreaza em uma sessão especial do Conselho de Segurança da Venezuela.

“Ninguém vai nos dar prazos, nem vão nos dizer se fazem eleições, ou não”, na Venezuela, afirmou Arreza.

Ao longo do discurso, ele agitou diversas vezes a Carta das Nações Unidas em uma mão e uma edição em miniatura da Constituição bolivariana na outra.

“Dediquem-se aos seus assuntos, respeitem a autodeterminação dos povos”, pediu.

O chanceler afirmou que há meses os Estados Unidos planejam um golpe de Estado “descarado” na Venezuela, embora tenha reiterado a vontade do governo de Nicolás Maduro de dialogar com Washington.

“As forças armadas nacionais bolivarianas defendem com sua vida esta Constituição”, garantiu. Os americanos “não conseguiram convencer nossos militares a derrubar o presidente Maduro. Nem conseguirão”.

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