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Xamã e ex-deputada estariam entre mortos em ataque no Egito

A ministra mexicana das Relações Exterirores, Claudia Ruiz Massieu, na Cidade do México, no dia 14 de setembro de 2015 afp_tickers

Um músico-xamã, uma ex-deputada federal, um comerciante de artigos hospitalares e uma agente de modelos fariam parte das vítimas do grupo de 14 turistas mexicanos atacados por engano por forças de segurança do Egito, no último domingo.

Nesta terça-feira, o governo do México confirmou que oito pessoas morreram no episódio e que os seis sobreviventes se encontram em situação estável em um hospital do Cairo.

Embora as autoridades não tenham divulgado a lista completa de vítimas, a maioria do estado de Jalisco (oeste do México), familiares e pessoas próximas descreveram alguns deles:

O XAMÃ

O músico e xamã Rafael Bejarano Rangel, de 41 anos, teria morrido no ataque, segundo seus familiares.

Acompanhado da mãe, Marisela Rangel (uma das feridas), Bejarano Rangel foi o responsável pela organização da viagem.

Mãe e filho eram amantes da cultura egípcia e começaram a organizar viagens.

“Meu irmão era músico, xamã, um homem da paz e de bem. Era a segunda vez que viajava ao Egito. Gostava muito”, contou a irmã Gabriela.

“Era um homem realmente querido por muita gente. Ele apoiava a comunidade huichola (indígena, wixárica). Do dinheiro que ele ganhava, fazia donativos, um percentual de seus shows”, completou.

O COMERCIANTE

Luis Barajas Fernández, um ex-professor titular universitário do estado de Tamaulipas (nordeste) dedicado à comercialização de artigos hospitalares, é um dos dois mexicanos confirmados entre os mortos pelo Ministério mexicano das Relações Exteriores.

Barajas viajou com a mulher, Carmen Susana Calderón, que ficou ferida no ataque, e com uma sobrinha, disse a irmã Ana Barajas.

“Tentamos buscar serenidade para o que vem pela frente: a repatriação de seus restos mortais”, desabafou Ana, em entrevista à emissora Milenio.

A EX-DEPUTADA

Segundo políticos do conservador Partido Ação Nacional (PAN), a ex-deputada María Elena Cruz Muñoz estava entre os seis mexicanos, cujo óbito não havia sido assegurado na segunda-feira. Após a confirmação hoje de mais seis mexicanos, teme-se que ela esteja entre os falecidos.

“Oremos por ela para que esteja bem”, escreveu no Facebook o legislador local de Guadalajara (oeste), Mario Salazar Madera, próximo de María Elena e militante do PAN.

Segundo o jornal Reforma, a ex-deputada também foi diretora do Instituto Municipal de Mulheres de Guadalajara.

A AGENTE DE MODELOS

A empresária Queta Rojas, proprietária de uma agência de modelos, também teria morrido no ataque.

“Queremos confirmar a notícia de seu falecimento”, disse Queta Rojas Modelos, agência sediada na Cidade do México. “Para todos que a conheciam é uma notícia que nos provoca profunda dor”.

O site oficial da agência descreve Rojas como uma mulher “dedicada, empreendedora, visionária e uma das representantes de modelos mais conhecidas do México”.

SWI swissinfo.ch - sucursal da sociedade suíça de radiodifusão SRG SSR

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