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Xiomara Castro oferece cargo a líder dissidente para acabar com crise em Honduras

Nesta fotografia divulgada pela assessoria de imprensa de Xiomara Castro, a presidente eleita de Honduras,se encontra com o deputado Jorge Cálix em Tegucigalpa, 26 de janeiro de 2022. afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 27. janeiro 2022 - 02:17
(AFP)

A esquerdista Xiomara Castro, que assume a presidência de Honduras nesta quinta-feira, ofereceu um cargo no governo ao deputado Jorge Cálix, que liderou uma rebelião no Parlamento, com a intenção de acabar com a crise.

"Propus a Jorge Cálix que se junte ao meu governo no cargo de Coordenador de Gabinete para nos unir na Refundação de Honduras", escreveu a presidente eleita no Twitter nesta quarta-feira (26), ao lado de uma foto do encontro de ambos.Não foi especificado se a oferta foi aceita ou que tipo de funções Cálix desempenharia.

No dia anterior, duas legislaturas paralelas foram instaladas no país. Uma sob o comando de Luis Redondo, apoiado pelo partido de esquerda de Castro Libertad y Refundación (Libre), e outra sob o comando de Jorge Cálix, apoiado por dissidentes do Libre e deputados da oposição.

Os dissidentes rejeitaram um acordo entre o Libre e seus aliados do Partido Salvador de Honduras (PSH), que concordou em eleger Redondo como presidente do Congresso. O apoio do PSH foi fundamental para a vitória de Castro.

Cálix conseguiu a sua eleição paralelamente com o apoio de mais de 70 dos 128 deputados titulares da Assembleia Nacional, mas a votação foi realizada em um clube.

Já Redondo foi eleito no Legislativo, mas com o voto de 40 deputados titulares e o mesmo número de suplentes. Ambos os lados questionaram a legalidade da eleição rival.

Se Cálix aceitar a oferta, a presidência do Parlamento ficará com Redondo, embora essa questão ainda não tenha sido esclarecida.

O apoio do Congresso é fundamental para os planos de transformação econômica de Castro, em um país atingido pela pobreza e pela migração, e onde a corrupção e o narcotráfico se infiltraram nas mais altas esferas do poder.

De acordo com fontes da AFP próximas às negociações, as conversas para encontrar uma saída para a crise foram acompanhadas de perto por vários representantes diplomáticos, incluindo de Washington.

Uma das convidadas que confirmou presença na posse de Castro nesta quinta-feira é a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris. O rei da Espanha, Felipe VI, e o vice-presidente de Taiwan, William Lai, entre outros líderes, já estão no país.

"Estamos cientes e acompanhamos de perto a situação no Parlamento. Acreditamos que cabe aos hondurenhos encontrar uma solução para suas diferenças e que o façam de forma consistente com sua constituição e suas leis", declarou um alto funcionário da administração americana.

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