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Aumenta pressão para que vice-presidente uruguaio renuncie

(Arquivo) Da esquerda para a direita, o vice-presidente uruguaio Raúl Sendic, o presidente Tabaré Vázquez, sua esposa e primera-dama María Auxiliadora Delgado e a companheira de Sendic Silvana Lesca, em Montevidéu afp_tickers

A pressão para a renúncia do vice-presidente do Uruguai, Raúl Sendic, envolvido em um escândalo pelo uso de título falso e de cartões de crédito corporativos, aumentava nesta quinta-feira no partido de situação, mas o político afirmou que não deixará o seu posto.

Embora não tenha descartado renunciar se considerar necessário, Sendic reiterou que continuará -por enquanto- exercendo suas funções.

“Tenho uma responsabilidade muito importante […]. Depois do pronunciamento da Justiça e do tribunal de conduta política da Frente Ampla, tomaremos com serenidade, se necessário, as decisões que tenhamos que tomar”, disse Sendic a jornalistas nesta quinta.

Setores da Frente Ampla emitiram declarações nas quais evocam a possibilidade de uma saída de Sendic, de 54 anos, e inclusive o presidente Tabaré Vázquez modificou, na quarta-feira, a sua postura sobre a continuidade do vice-presidente.

Sendic é o centro de um escândalo desde que, em fevereiro de 2016, reconheceu em uma conversa com o jornal El Observador não ser graduado em Genética Humana em Cuba como havia dito até o momento. A Justiça também investiga aspectos de sua gestão à frente da petroleira estatal Ancap entre 2010 e 2013.

As informações sobre gastos realizados com o cartão corporativo da empresa estatal em lojas de artigos de luxo -que o político defende como inerentes à sua atividade-, foram determinantes para que a polêmica sobre sua continuidade se instalasse definitivamente no Uruguai.

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